Prévia da inflação desacelera para 0,4% e é a menor para junho desde 2013
O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), desacelerou em junho e ficou em 0,4%. É o menor IPCA-15 para o mês desde 2013, quando ficou em 0,38%.
Assim, a prévia da inflação fecha o primeiro semestre do ano em 4,62%, bem abaixo dos 6,28% registrados no mesmo período do ano passado.
Em maio, o indicador havia mostrado alta de preços de 0,86%. Em junho do ano passado, foi de 0,99%.
Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (21). Em 12 meses, o indicador acumula alta de 8,98%.
A prévia da inflação continua acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos para mais ou para menos, ou seja, pode variar entre 2,5% e 6,5%.
A inflação oficial no Brasil fechou 2015 em 10,67%, acima do limite máximo da meta. Foi a maior alta de preços anual desde 2002 (12,53%).
Preço do feijão já subiu 58,62% em 12 meses
A alta no preço dos alimentos desacelerou de 1,03% em maio para 0,35% em junho, mas alguns produtos tiveram alta expressiva. É o caso do feijão carioca, cujo preço subiu 16,38% e, em 12 meses, já ficou 58,62% mais caro. No ano, acumula alta de 54,09%.
Por outro lado, o preço da cenoura caiu 25,63% no início do mês, o do pimentão, 16,77%, e o da laranja, 13,88%.
Conta de água sobe 4,5% no país
A inflação da maioria dos produtos e serviços pesquisados pelo IBGE desacelerou no início deste mês. No caso dos transportes, os preços chegaram a cair (-0,69%).
A prévia da inflação em junho foi afetada principalmente pelo aumento de 4,5% nas contas de água e esgoto, reflexo de tarifas mais caras nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Fortaleza e Salvador. A conta de luz também subiu no início do mês.
Perspectivas
Analistas consultados pela agência de notícias Reuters esperavam que a prévia da inflação ficasse em 0,52% em junho e em 9,1% no acumulado de 12 meses.
De acordo com economistas consultados pelo BC para a pesquisa Focus, a estimativa é que a inflação de 2016 seja de 7,25%. Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação divulgada na última segunda-feira (20) subiu de 5,91% para 5,93%. Em relação a 2017, os economistas preveem inflação de 5,5%.
Metodologia
O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
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(Com Reuters)
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