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Leite e feijão pesam, e alimentos têm maior alta para julho em 16 anos

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

10/08/2016 11h52

Mais uma vez, os preços dos alimentos foram determinantes para a alta da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em julho, os preços dos alimentos subiram 1,32%, exercendo impacto de 0,34 ponto percentual para a alta de 0,52% do IPCA.

Com 65% de participação no indicador, o grupo alimentação e bebidas registrou a mais elevada variação para os meses de julho desde 2000, quando a alta atingiu 1,78%.

Na região metropolitana de Vitória (ES), no entanto, os preços chegaram a subir 2,06%, vindo, depois, Goiânia, com 1,85% e Belo Horizonte, com 1,61%.

O principal vilão de julho foi o leite, com contribuição individual de 0,19 ponto percentual no indicador. Os preços do leite aumentaram 17,58% de um mês para o outro. Segundo o IBGE, em quatro das treze regiões pesquisadas, o litro do leite acusou alta superior a 20%: Belo Horizonte (23,02%), Rio de Janeiro (22,47%), Brasília (21,76%) e Vitória (21,76%).

Feijão segue em alta

Vilão da inflação de junho, o feijão-carioca também continuou pressionando o IPCA em julho, fixando-se na segunda colocação entre os alimentos ao subir 32,42%. A alta exerceu um impacto de 0,13 ponto percentual na inflação do mês.

Em Curitiba e São Paulo, o preço do quilo subiu 45,20% e 43,98%, respectivamente. O feijão-preto também subiu, passando a custar, em média, 41,59% a mais, enquanto o mulatinho ficou 18,89% mais caro e o fradinho, 14,72%.

Além dos expressivos aumentos dos diversos tipos de feijão, mais uma vez o arroz também se destacou, com preços elevados em 4,68% na média, atingindo 8,27% em Goiânia, 7,49% em Fortaleza e 6,84% em Belém. Com isto, o feijão com arroz, prato típico da mesa do brasileiro, passou a custar bem mais.

Assim como os alimentos, que passaram de 0,71% em junho para 1,32% em julho, outros três grupos mostraram aceleração na taxa de crescimento de um mês para o outro: despesas pessoais (de 0,35% para 0,7%), artigos de residência (de 0,26% para 0,53%) e transportes (de -0,53% para 0,4%).

Preços em queda

Os demais grupos de produtos e serviços pesquisados fecharam julho com queda de preços em relação a junho:

  • Saúde e cuidados pessoais: passou de 0,83% para 0,61%;
  • Educação: de 0,11% para 0,04%
  • Comunicação: de 0,04% para 0,02%.
  • Habitação: de 0,63% para -0,29%
  • Vestuário: de 0,32% para -0,38%) 

Inflação por regiões

Dez das 13 regiões e cidades pesquisadas pelo IBGE fecharam o mês com resultado acima da média nacional de 0,52%:

  • Salvador, com alta de 0,92%;
  • Goiânia (0,81%)
  • Recife (0,79%);
  • Campo Grande (0,74%);
  • Belém (0,73%);
  • Fortaleza (0,65%)
  • Belo Horizonte (0,63%);
  • Vitória (0,57);
  • Porto Alegre (0,57) e
  • Brasília (0,53).

Rio de Janeiro teve alta de 0,5%, enquanto São Paulo registrou inflação de 0,33% e Curitiba, de 0,1%. 

Inflação oficial do país – e utilizada pelo Banco central para balizar o plano de metas inflacionárias – o IPCA diz respeito à variação de preços juntos às famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas, além de Goiânia, Campo Grande e Brasília.

(Com Agência Brasil

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