Inflação fica negativa em 0,21%, menor taxa para novembro desde 1994
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no país, ficou negativo em 0,21% em novembro, após alta de 0,45% em outubro. Este resultado foi o menor desde junho de 2017, quando o IPCA ficou em -0,23%. Para um mês de novembro, foi a menor taxa desde a implantação do Plano Real, em 1994.
No acumulado de 12 meses, o IPCA teve alta de 4,05%. O resultado está dentro do limite da meta do governo, de manter a inflação em 4,5% no ano, com uma tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo, ou seja, pode variar entre 3% e 6%.
No ano, o indicador acumula alta de 3,59%. As informações foram divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (7).
Combustíveis caem
Segundo a pesquisa, o grupo dos transportes teve queda de 0,74% e puxou a deflação em novembro. Os combustíveis ficaram 2,42% mais baratos, em média. Veja as variações:
- gasolina: -3,07%
- óleo diesel: -0,58%
- etanol: -0,52%
- gás veicular: +5,45%
Conta de luz também caiu
A energia elétrica também teve variação negativa (-4,04%) em novembro, segundo o IBGE. "Em novembro, passou a vigorar a bandeira amarela, com a cobrança adicional de R$ 0,01 para cada kWh consumido. Em outubro, a cobrança adicional era de R$ 0,05 por kWh consumido", destacou o instituto.
Alimentação mais cara
Os preços de alimentos e bebidas, por outro lado, tiveram inflação de 0,39%, em média, no mês passado. Veja os destaques de alta:
- cebola: +24,45%
- tomate: +22,25%
- batata-inglesa: +14,69%
- hortaliças: +4,43%.
Já o leite longa vida apresentou queda de 7,52%.
Inflação abaixo da meta em 2017
A inflação fechou 2017 em 2,95% e ficou abaixo do limite mínimo da meta do governo pela primeira vez na história. Foi a menor inflação anual desde 1998 (1,65%).
No início deste ano, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, enviou carta ao então ministro Henrique Meirelles dizendo que a meta não havia sido cumprida no ano passado devido à queda nos preços dos alimentos, após safras recordes.
A carta é uma exigência em caso de descumprimento da meta de inflação.
Expectativa em 2018
A expectativa de analistas consultados pelo Banco Central é que a inflação termine 2018 em 3,89%.
Com o crescimento de 1% no PIB (Produto Interno Bruto) em 2017, o país começa a sair do buraco, após a economia encolher 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016. Mas a recuperação é lenta e, segundo especialistas ouvidos pelo UOL, a economia vai demorar pelo menos dois anos para chegar ao nível de antes da crise.
No terceiro trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 0,8% em relação ao trimestre anterior e 1,3% na comparação anual.
Juros x inflação
Para tentar controlar a inflação, o Banco Central pode usar a taxa de juros. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a cair. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo.
Em outubro, o Comitê de Política Monetária do BC decidiu manter a taxa de juros em 6,5% ao ano, menor nível da história (o Copom foi criado em 1996).
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.