Juros sobem no mês; cheque especial vai a 322,7% ao ano e rotativo, 299,5%
Os juros do cheque especial subiram de 317,9% ao ano, em fevereiro, para 322,7% ao ano, em março, mas caíram em relação ao mesmo mês de 2018, quando eram de 324,7% ao ano. O patamar é considerado muito alto quando comparado à taxa básica de juros do país (Selic), que está em seu menor nível histórico: 6,5% ao ano.
Em média, os juros do rotativo do cartão de crédito subiram de 295,5%, em fevereiro, para 299,5% ao ano, em março. Em relação a março de 2018, houve uma queda, pois a taxa média era de 334,9% ao ano.
Os dados foram divulgados pelo Banco Central. Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).
Confira a variação das modalidades de crédito:
- Rotativo do cartão de crédito: de 295,5% ao ano, em fevereiro, para 299,5% ao ano, em março
- Cartão de crédito parcelado: de 170,5% ao ano, em fevereiro, para 178,4%, em março
- Cheque especial: de 317,9% ao ano, em fevereiro, para 322,7% ao ano, em março
- Crédito pessoal não-consignado: de 122,5% ao ano, em fevereiro, para 123,7% em março
- Crédito pessoal consignado: de 24,1% ao ano, em fevereiro, para 23,6% ao ano, em março
- Compra de veículos: de 22% ao ano, em fevereiro, para 21,4% ao ano, em março
- Financiamento imobiliário: de 7,7% ao ano, em fevereiro, para 7,8% ao ano, em março
Cheque especial
Desde julho do ano passado, quem usar mais de 15% do limite do cheque especial por 30 dias seguidos deve ter acesso a uma linha de crédito mais barata para parcelar o valor.
A medida foi anunciada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) em abril de 2018. A entidade diz que cada banco pode definir qual alternativa oferecer.
Novas regras do rotativo do cartão
Em relação ao uso do cartão de crédito, o consumidor pode usar o rotativo por, no máximo, 30 dias. Após esse período, o banco deve apresentar uma proposta mais vantajosa para o cliente, como o crédito parcelado, no qual o cliente define o número de prestações na hora da aquisição. Nesse caso, os juros são mais baixos que no rotativo, mas, ainda assim, altos.
Antes, se o consumidor não pagava o valor total da fatura do cartão de crédito, a dívida era jogada para o mês seguinte, por meio do chamado crédito rotativo. Isso acontecia mês a mês, sucessivamente, com a cobrança de juros sobre juros, transformando a dívida numa "bola de neve".
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