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Teste em animais, brinde para vender livro: 5 curiosidades de Avon e Natura

Do UOL, em São Paulo

24/05/2019 04h00

A fabricante brasileira de cosméticos Natura anunciou a compra da norte-americana Avon por aproximadamente US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões), formando o quarto maior grupo exclusivamente de beleza do mundo.

As marcas são conhecidas principalmente pelo sistema de vendas diretas, por meio de consultoras, e têm algumas semelhanças, como ações publicitárias que buscam a diversidade. Veja curiosidades sobre as duas empresas, que agora fazem parte do mesmo grupo.

1. Nomes mudaram

Shakespeare - Wikipedia - Wikipedia
Imagem: Wikipedia

A Avon foi fundada em 1886 por David H. McConnell, mas no início era chamada CPC (California Perfume Company).

O nome Avon foi usado pela primeira vez em uma linha de cosméticos de 1939, após uma visita do fundador à cidade de nascimento do escritor William Shakespeare, Stratford-upon-Avon, na Inglaterra, segundo reportagem da BBC. Em 1946, esse passou a ser o nome da companhia. A marca chegou ao Brasil em 1958.

A Natura foi fundada mais de 80 anos depois da Avon, em 1969, pelo empresário Luiz Seabra, inicialmente com o nome Comércio de Cosméticos Berjeaut, sendo renomeada meses depois.

2. Perfume da Avon era brinde

Avon primeiros produtos - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Antes de fundar a Avon, McConnell vendia livros de porta em porta e oferecia perfumes como um brinde. Percebendo que o interesse das donas de casa pelas fragrâncias era maior, decidiu criar sua empresa, abrindo um escritório em Nova York (EUA).

A Natura adotou a venda direta como modelo de negócios só a partir de 1974. Nos primeiros anos, a empresa tinha uma loja na rua Oscar Freire, em São Paulo. A marca só voltaria a ter lojas físicas em 2016.

3. Natura foi às compras

Body shop - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

A Avon não é a primeira marca internacional comprada pela Natura. Nos últimos anos, a brasileira promoveu aquisições para expandir seus negócios.

Em 2013, comprou a Emeis Holdings, fabricante de produtos de beleza premium, que opera sob a marca Aesop. Em 2017, adquiriu a britânica The Body Shop, que pertencia à francesa L'Oreal, numa operação de cerca de 1 bilhão de euros.

4. Não só cosméticos

Mochila Natura - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Apesar de serem mais conhecidas pelos cosméticos, as duas companhias vendem outros tipos de produtos.

A Avon começou a vender joias em 1978. Hoje, além de bijuterias, também vende produtos de moda e para casa, incluindo bolsas e escovas de cabelo.

A Natura tem a linha "Crer para Ver", com roupas, mochilas e canecas, entre outros.

5. Testes em animais

Testes em animais - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

A Natura afirma que eliminou completamente os testes de produtos em animais em 2006. A ONG Peta, de direitos dos animais, coloca a empresa em sua lista de companhias que não fazem esse tipo de teste.

A Peta faz campanha há anos contra diversas empresas de cosméticos que supostamente realizam testes em animais e inclui a Avon nessa lista. A Avon, porém, nega isso, afirmando que foi a primeira grande produtora de cosméticos a acabar com os testes em animais, há quase 30 anos.

Segundo a Avon, a empresa está na lista da Peta porque, na China, um dos países onde opera, a legislação local exige que alguns produtos cosméticos sejam testados em animais. Os testes são conduzidos pelo governo chinês em laboratórios credenciados, segundo a Avon.

"A Avon não concorda que os requisitos chineses de testes em animais são necessários para fundamentar a segurança dos produtos e está comprometida em ajudar a acabar com a prática da China de testes de produtos de beleza em animais", afirma em seu site.

Nesta quinta-feira (23), Roberto Marques, presidente executivo do Conselho da Natura &Co, afirmou que as duas companhias têm posições semelhantes sobre o compromisso de não testar produtos em animais.

Brasileira Natura compra americana Avon

AFP