Nota do Brasil nas agências de risco deveria estar melhor, diz chefe do BC
O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, afirmou hoje que a nota de crédito do Brasil concedida pelas agências de classificação não é compatível com o atual grau de risco da nossa economia.
"Atualmente, o grau de risco da economia brasileira, percebido por agentes de mercado, é compatível com uma melhoria em nossa nota pelas agências de avaliação de risco", disse ele, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Um governo ou empresa consegue dinheiro vendendo títulos no mercado. Os investidores compram papéis com a promessa de receber o dinheiro de volta no futuro com juros. Quando um governo ou empresa tem avaliação ruim, considera-se que há risco de dar um calote e não pagar esses investidores.
Se houver desconfiança sobre essa devolução, fica difícil conseguir vender esses títulos, e é preciso pagar mais juros aos investidores para compensar o risco maior. O rating, ou classificação de risco, indica aos investidores se um país, empresa ou negócio é considerado um bom pagador ou não.
O chamado grau de investimento, por exemplo, indica que tem baixo risco de dar calote, e que as aplicações financeiras feitas por investidores estrangeiros nesse país ou empresa terão risco próximo a zero. Atualmente, o Brasil não tem o "selo de bom pagador".
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