Empresa do "rei do bitcoin" suspende sites de negociação de criptomoedas
O Grupo Bitcoin Banco suspendeu as operações dos sites NegocieCoins e TemBTC, nos quais investidores negociavam criptomoedas. A empresa afirmou que, após reformulação, elas retornarão no domingo (8), e os investidores voltarão a receber pagamentos diários, paralisados desde maio. O dono da companhia é o empresário Claudio Oliveira, conhecido como "rei do bitcoin".
A corretora não confirmou se todos os clientes poderão fazer saques já na próxima semana. Informou apenas que "mais detalhes sobre a normalização do fluxo de pagamentos serão divulgados após a conclusão" das mudanças.
Disse ainda que realizou uma auditoria e implementou mudanças para "intensificar a segurança das operações e oferecer uma plataforma mais profissional para a atividade dos traders [investidores]".
O Grupo Bitcoin Banco responde a centenas de processos judiciais por causa de uma dívida milionária com clientes. A empresa alega ter sido vítima de ação criminosa que teria resultado em perdas de R$ 50 milhões e no bloqueio dos pagamentos.
Clientes criticam suspensão: "enrolação"
Nas redes sociais da empresa e em grupos de aplicativos de mensagens, clientes com dinheiro a receber criticaram a medida. Muitos classificaram a suspensão das plataformas como "desculpa", "enrolação" e "mais uma manobra para conseguir tempo". Alguns relataram já ter feito acordos anteriores com o banco, que não teriam sido cumpridos.
Investidores que viajaram 2.000 quilômetros no mês passado para tentar reaver parte do que foi investido no banco disseram à reportagem que conseguiram recuperar uma parte do dinheiro. "Fizemos um acordo. Recebemos uma parte, e o restante foi parcelado. Ficamos contentes", disse José Rodrigues, 54.
Crise no grupo começou em maio
A crise do Grupo Bitcoin Banco começou em maio, quando clientes não conseguiram mais fazer saques nas plataformas de negociação de criptomoedas da empresa. No mês passado, a Polícia Militar do Paraná cumpriu mandado de busca e apreensão na sede do banco, expedido pela 17ª Vara Cível da capital paranaense.
No mesmo mês, o proprietário do grupo, Claudio Oliveira, conhecido como "rei do bitcoin", teve os bens bloqueados pela Justiça do Paraná. O passaporte do empresário também foi retido.
Para pagar parte da dívida com clientes, o grupo ofereceu motos, relógios de luxo e outros acessórios na Get4Bit, plataforma da empresa na qual é possível trocar criptomoedas por produtos. Mas, segundo clientes, parte dos itens comprados não foi entregue.
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