Oposição quer mudar abono e aposentadoria especial; impacto é de R$ 100 bi
Resumo da notícia
- Após a votação da reforma da Previdência ter sido adiada no Senado, a oposição articula mudança em dois pontos
- Um ponto é o abono salarial; a oposição quer manter as regras atuais, em vez de restringir o acesso ao benefício
- Os senadores contrários ao projeto também querem mudar as regras para concessão de aposentadorias especiais
- Essas duas mudanças teriam impacto de pelo menos R$ 100 bilhões em dez anos
- O governo trabalha para evitar qualquer desidratação na economia de R$ 876,7 bilhões
O adiamento da votação da reforma da Previdência no Senado, após uma crise política com o líder do governo, contribuiu para a oposição articular a apresentação de destaques e tentar mudar dois pontos do texto no plenário: abono salarial e aposentadoria especial. As mudanças teriam impacto de pelo menos R$ 100 bilhões em dez anos.
O governo aproveitou a semana extra para apresentar aos parlamentares simpáticos à proposta argumentos para barrar qualquer mudança.
Abono salarial
Segundo técnicos do Senado, os partidos de oposição, capitaneados pelo PT, apresentaram dois destaques. O primeiro para mudar a proposta do abono salarial, que deve gerar uma economia de R$ 76,4 bilhões em 10 anos.
Atualmente, quem trabalha com carteira assinada e ganha até dois salários mínimos (R$ 1.996 em 2019) tem direito ao benefício de até um salário mínimo.
A proposta aprovada pela Câmara e mantida pelo Senado prevê que o abono salarial será concedido para quem ganha até R$ 1.364,43, valor calculado pelo critério previsto na Constituição que define a condição de baixa renda.
A oposição quer manter a regra atual.
Aposentadoria especial
A segunda mudança que será proposta é retirar a idade mínima para aposentadorias especiais de pessoas que trabalham em atividades prejudiciais à saúde. O governo ainda não fechou a conta sobre o impacto dessa medida, mas estimativas preliminares estimam uma desidratação de R$ 25 bilhões em dez anos.
Atualmente, quem trabalha em ambientes que trazem risco à saúde pode se aposentar com 15, 20 ou 25 anos de contribuição, conforme a gravidade da exposição. Na Câmara, além do tempo mínimo de contribuição, foi definida idade mínima para o benefício e pontuação para ter direito à aposentadoria especial.
O governo, entretanto, já mapeou as mudanças que a oposição quer e iniciou um trabalho de convencimento dos senadores para que não acatem mudanças.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.