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'Prévia da inflação' desacelera a 0,02%, a menor para março desde 1994

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

25/03/2020 09h33Atualizada em 25/03/2020 09h43

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), desacelerou para 0,02% em março, após ficar 0,22% em fevereiro. Esse foi o menor resultado para o mês de março desde o início do Plano Real (1994).

Em março de 2019, a taxa havia sido de 0,54%. O índice acumula alta de 0,95% em 2020 e, nos últimos 12 meses, de 3,67%.

Com isso, a inflação fica abaixo do centro da meta do governo para este ano, que é de 4%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, ou seja, podendo variar entre 5,5% e 2,5%.

Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Passagem área cai 16,88%

A queda de 16,88% no preço das passagens aéreas teve grande influência no IPCA-15, contribuindo com -0,11 ponto percentual no mês. Foi o terceiro mês consecutivo em que os preços ficaram mais baratos (-6,45%, em janeiro, e -6,68%, em fevereiro).

As reduções nos preços da gasolina (-1,18%), do etanol (-1,06%), do óleo diesel (-1,95%) e do gás veicular (-0,89%), nos combustíveis (-1,19%), também influenciaram o resultado do grupo Transportes (-0,8%). Este grupo, que tem o maior peso no consumo das famílias, apresentou a maior deflação em março.

Juros x inflação

Para tentar controlar a inflação, o Banco Central pode usar a taxa de juros. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e estimular a queda de preços. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para impulsionar o consumo.

Na última reunião, o Comitê de Política Monetária do BC decidiu reduzir taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 4,25% para 3,75% ao ano. É a menor taxa desde que o Copom foi criado, em 1996.

Metodologia

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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