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Sabemos que vai voltar, diz presidente da Azul pedindo calma com crise

Do UOL, em São Paulo

20/04/2020 13h11Atualizada em 20/04/2020 16h07

O presidente da companhia aérea Azul diz que, "agora, é tempo de parar e cuidas dos nossos tripulantes". "Sabemos que isso vai passar. Temos que aguentar esse período até voltarmos a voar", disse John Rodgerson.

Ele participou do debate promovido pelo UOL que reuniu os executivos que comandam seis empresas gigantes do país nos setores automobilístico, de aviação, beleza, consumo, telefonia e varejo. O grupo discutiu os desafios que os negócios no Brasil enfrentam com a pandemia do coronavírus.

Rodgerson ressalta que "nós paramos de voar". Ele cita que apenas 5% da frota têm sido usada nesse momento de pandemia.

"Então, tem sido brutal a queda", disse. "Ninguém está voando no mundo inteiro então a demanda está muito abaixo."

Também participaram do debate Artur Grynbaum, CEO do Grupo Boticário, Juliana Azevedo, presidente da P&G Brasil, Pablo Di Si, CEO da Volkswagen do Brasil e América Latina, Pietro Labriola, diretor presidente da TIM Brasil, e Roberto Fulcherberguer, CEO da Via Varejo (Casas Bahia/Ponto Frio).

Conversas com o governo

Segundo o presidente da Azul, a crise "se agravou nos últimos 30 dias". "A gente não sabe se isso vai durar 1, 2 ou 3 meses".

Ele diz que fala com "o governo diariamente" e diz que há exemplos pelo mundo no combate à crise do coronavírus que "podem ser copiados". "Se olhar o que o [presidente dos EUA, Donald] Trump fez para salvar a indústria, pode ser feito aqui facilmente."

Rodgerson diz que "a Azul não concorre só com as [aéreas] nacionais". "Então, como podem as empresas americanas ter um tratamento diferenciado. Queremos salvar o emprego dos brasileiros, para que o nosso piloto seja um brasileiro."

Para ele, "o governo tem que ver isso". "Sei que é difícil, mas ninguém quer dinheiro de graça", comenta. "Retomada vai ser tão importante para salvar economia e empregos nesse país."

O presidente da Azul observa que, apesar de a quantidade de passageiros ter caído, o mesmo não aconteceu com a receita sobre o serviço de carga. "Tem tanta gente comprando online. Isso é uma coisa muito bacana que estamos vendo. E essa carga tem que chegar em todo lugar."

Rodgerson lembra que a Azul comprou recentemente uma empresa que vai ajudar a transportar carga. "Temos vários parceiros, temos aeronaves para isso, e isso vai continuar", disse. "Com certeza, a Azul vai voltar a voar porque os empresários precisam estar conectados no país inteiro."