Dólar tem dia instável e cai a R$ 5,574 e Bolsa recua 1%, à espera de vídeo
O dólar comercial emendou hoje (22) a terceira queda consecutiva e fechou com desvalorização de 0,15%, cotado a R$ 5,574 na venda. Com o resultado, a moeda acumulou queda de 4,54% na semana. No ano, o dólar acumula alta de 38,90%.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 1,03%, a 82.173,21 pontos. Apesar da queda no dia, a Bolsa acumulou alta de 5,95% na semana. No ano, a Bolsa tem queda de 28,94%.
Ao longo do dia as atenções no Brasil se voltaram para a decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a divulgação da gravação de uma reunião ministerial. O ministro autorizou a divulgação no final da tarde.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Investigações no STF
Segundo o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, o presidente Jair Bolsonaro cobrou dos ministros na reunião a troca na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro sob a ameaça de demiti-lo.
Na véspera, Bolsonaro afirmou que não era o caso de tornar público o conteúdo completo do vídeo, o que avalia que seria um "constrangimento".
Mais cedo, o ministro Celso de Mello encaminhou à PGR (Procuradoria Geral da República) notícia-crime relacionada à investigação sobre a suposta interferência do presidente Bolsonaro na Polícia Federal. Entre as medidas solicitadas estão a busca e apreensão do celular do presidente e de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro, para perícia.
Por outro lado, segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, "a reunião de Bolsonaro com autoridades do país, incluindo os presidentes da Câmara, do Senado e governadores, com tom mais conciliador adotado por todas as partes, agradou ao mercado ontem e está ajudando o real a terminar a semana com ganhos expressivos".
Tensões EUA-China
A semana chega ao fim com a ameaça de uma intensificação das tensões entre Estados Unidos e China depois que o país asiático agiu para impor nova lei de segurança sobre Hong Kong.
"Hoje, os receios de um acirramento das tensões geopolíticas impõem cautela nos mercados globais", escreveu Ricardo Gomes da Silva Filho, da Correparti Corretora. "O receio é que tal decisão (da China sobre Hong Kong) volte a estimular protestos na região e coloque em xeque o acordo 'Fase 1' entre" as duas maiores economias do mundo."
Essas tensões, mais a notícia de que a China desistiu de uma meta de crescimento anual pela primeira vez, ampliam as preocupações sobre as consequências da pandemia de covid-19, também derrubando os preços do petróleo e ampliando a busca por ativos seguros como os títulos do tesouro norte-americano.
Após a decisão da China, ativistas pró-democracia convocaram protestos e o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu responder se o país apertar o controle sobre a antiga colônia britânica.
*Com Reuters
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