Rejeição à 'nova CPMF' cai quando associada ao Renda Brasil, diz pesquisa
A grande maioria da população rejeita um imposto sobre transações digitais — proposta que vem rendendo comparações à antiga CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) —, mas consegue aceitá-lo melhor quando está associado a um programa para substituir o Bolsa Família, como o Renda Brasil.
É o que diz a Pesquisa XP/Ipespe, feita com mil pessoas nos dias 13, 14 e 15 de agosto. Segundo o levantamento, 78% da população discorda da adoção de uma "nova CPMF", mas essa desaprovação cai a 43% quando considerada a possibilidade de criação de um programa federal que beneficie mais pessoas. A aprovação é de 43%.
A rejeição ao imposto digital também é menor (37%) se o novo tributo vier atrelado à substituição de impostos pagos por empresas para facilitar novas contratações. Os que concordam com a proposta nestes termos são 46%.
Ainda no mesmo tema, 59% das pessoas dizem não lembrar de como era cobrada a antiga CPMF. Entre os mais jovens, que têm entre 18 e 34 anos, a proporção é ainda maior: 78% não sabem do que se tratava o imposto.
Quanto à reforma tributária de maneira geral, cerca de um em cada quatro entrevistados (26%) diz não estar informado sobre o tema. A maior parte (61%) se considera mais ou menos ou pouco informada, enquanto os bem informados são apenas 10% da população.
A pesquisa também indica que a maior parte das pessoas (41%) vê a alta carga de impostos como o principal problema do sistema tributário brasileiro. Ela é seguida pela falta de transparência (28%), pela injustiça do sistema (14%) e pela complexidade (6%).
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