Em 4ª alta semanal, dólar vai a R$ 5,666; Bolsa tem pior semana desde maio
O dólar comercial fechou hoje em alta de 0,21%, vendido a R$ 5,666 —o maior valor desde 20 de maio (R$ 5,689). A moeda emendou a quarta semana de alta (+2,02%).
O índice Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, terminou a sessão com desvalorização de 1,53%, aos 94.015,68 pontos, interrompendo uma sequência de duas altas. É o menor nível de fechamento desde o dia 26 de junho (93.834,49).
Com o resultado, fechou a semana acumulando queda de 3,08%, a quinta seguida de recuo da Bolsa, e a maior baixa desde a semana do dia 15 de maio (-3,37%).
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Trump testa positivo para covid-19
Um dos principais fatores de pressão para o dólar no dia, segundo Thomás Gibertoni, especialista da Portofino Multi Family Office, foi a notícia de que a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em setembro.
Os mercados internacionais também reagiam à notícia de que o presidente dos EUA, Donald Trump, que minimizou a ameaça da pandemia de coronavírus por meses, anunciou nesta sexta-feira que ele e a primeira-dama, Melania Trump, tiveram teste positivo para covid-19 e entrarão em quarentena.
"Temos que ver qual será o efeito dessa notícia nas eleições dos EUA e acompanhar como seguirá um impasse nas negociações de estímulo" no Congresso norte-americano, disse Gibertoni.
A Casa Branca apresentou uma nova proposta de estímulo para os democratas da Câmara dos Deputados no valor de mais de US$ 1,5 trilhão, disse na quarta-feira o chefe de gabinete do governo Trump, Mark Meadows.
Gastos do governo
No Brasil, a questão fiscal continuava concentrando atenções, em meio a dúvidas sobre como será financiado o programa Renda Cidadã, estudado pelo governo para substituir o Bolsa Família, sem furar o teto de gastos.
O relacionamento entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, também está no foco dos investidores. Bolsonaro afirmou em transmissão pelas redes sociais que Guedes é o "cara da política econômica" e que a "palavra final" é dele.
Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, disse em nota que Bolsonaro "reiterou total apoio à agenda econômica de Guedes e ao ministro em si, retirando o peso que se colocou nas costas da equipe econômica nas últimas semanas, dadas as soluções inviáveis criadas pela ala política do governo."
Ainda no Brasil, a produção da indústria seguiu em recuperação em agosto, registrando avanço de 3,2% em relação ao mês anterior, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A associação dos distribuidores de veículos divulgou dados mostrando que as vendas de setembro foram as maiores do ano, com alguns segmentos, como caminhões e motocicletas, sendo penalizados por problemas de falta de componentes.
*Com Reuters
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