Contas de luz e de gás ficam mais caras e puxam inflação de junho
Os preços da eletricidade e do gás continuam em alta e puxam a inflação, que em junho foi de 0,53% e chegou a 8,35% no acumulado de 12 meses pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a energia elétrica aumentou em média 1,95% no Brasil em junho. O botijão de gás registrou no mês alta de 1,58% e o gás encanado subiu 5,01%.
Os itens pressionaram os preços da habitação (1,1%), que tiveram o quarto mês seguido de alta.
A inflação acumulada de 8,35% em 12 meses está acima do centro da meta, que é de 3,75%. Com a margem de tolerância de 1,5 ponto percentual na meta, o IPCA acumulado deveria fechar o ano no máximo em 5,25%.
Luz desacelera, mas segue em alta
A alta de preços na conta de luz em junho foi menor do que e maio (5,37%). Mesmo assim, a energia elétrica foi o item que mais impactou (0,09 ponto percentual) entre os que compõem os preços da habitação.
Destaque para Curitiba, que registrou alta de 4,11% na eletricidade, após reajuste médio de 8,97% nas tarifas a partir de 24 de junho.
Em junho, entrou em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acresce R$ 6,243 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Em maio foi aplicada a bandeira vermelha patamar 1, com acréscimo é menor (R$ 4,169 por 100 kWh).
Novo reajuste na luz em julho
A conta de luz referente ao consumo de julho deve chegar ainda mais salgada para o consumidor, com o reajuste de 52% no valor da bandeira vermelha patamar 2 determinado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Com o reajuste, o valor extra cobrado passa de R$ 6,243 por 100 kWh consumidos para R$ 9,49 por 100 kWh.
Preço do gás em SP puxa a média nacional
No subitem gás encanado, a alta decorre principalmente do reajuste de 9,63% em São Paulo a partir de 31 de maio.
Além disso, houve a contribuição dos reajustes de 13% no Rio de Janeiro e de 7,04% em Curitiba, ambos em vigor desde 1º de maio.
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