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PSB não consegue unificar votos contra PEC para 2º turno na Câmara

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira - Humberto Pradera: Divulgação
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira Imagem: Humberto Pradera: Divulgação

Colaboração para o UOL, em Brasília

08/11/2021 13h50

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse ter desistido da articulação para unificar os votos do partido contra a PEC dos Precatórios, que deve ser votada pela segunda vez amanhã na Câmara. Se aprovado novamente, o texto seguirá para o Senado.

"Fechamento de questão, quando se dá, ocorre mesmo antes da votação. Como não houve essa definição, no segundo turno é mais difícil [de fechar questão]", falou ao Valor Econômico.

Siqueira também afirmou que não haverá uma reunião formal, mas que está "em conversação" com membros da legenda. O PSB deu 9 votos favoráveis à PEC na primeira apreciação da Câmara e o presidente do partido tem expectativa de conseguir mudar a opinião de alguns deputados.

O político também falou que esse não é o momento de se preocupar com os que votaram de forma desfavorável à legenda, porque uma parte "vota sistematicamente contra o programa partidário e está apenas esperando a janela para trocar de partido" em 2022.

Além de abrir espaço orçamentário para o Auxílio Brasil, nova versão do Bolsa Família, a PEC revê formas de quitar os precatórios, que são dívidas do governo com pagamento estabelecido pela Justiça. Por isso, é chamada por críticos de "PEC do calote".

Outros partidos contra a PEC

Além do PSB, o PDT e o PSDB tentam desde quinta-feira (4) se articular para reverter os votos a favor da PEC. O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse ao colunista do UOL Chico Alves que os deputados se sentem pressionados, mas que trabalharia para barrar a proposta.

É possível acontecer a mudança de posição da bancada e eu trabalharei para isso".
Carlos Lupi

Os tucanos, conforme disse o presidente do PSDB, Bruno Araújo, estão focados em rejeitar a PEC quando ela chegar ao Senado.

"Em respeito a compromissos históricos, os senadores defenderão o legado do partido. O PSDB tem convicções já demonstradas de que é possível equacionar políticas de auxílio e distribuição de renda sem ferir de morte o frágil equilíbrio fiscal, ameaçado pela PEC", afirmou Araújo.