Bolsa chega a tombar 4% com temor por nova variante; dólar vai a R$ 5,592
A Bolsa de Valores chegava a tombar mais de 4%, e o dólar comercial subia nesta sexta-feira (26), acompanhando pessimismo nos mercados no mundo todo, em meio ao temor de investidores com a descoberta de uma nova variante do coronavírus na África do Sul, possivelmente resistente a vacinas.
Vindo de três altas consecutivas, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, quebrava a tendência, com queda de 3,42% por volta das 16h (horário de Brasília), registrando 102.173,36 pontos. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia 0,48%, vendida a R$ 5,592.
As empresas ligadas a turismo e viagens Gol, CVC e Azul eram as maiores quedas em percentual do índice, enquanto, em pontos, a Vale dava a maior contribuição negativa. Todas as ações operavam em queda, exceto a da Suzano (SUZB3) e a da Taesa (TAEE11).
Ontem (25), o índice teve valorização de 1,16%, fechando a 105.728,938 pontos, e o dólar comercial fechou com desvalorização de 0,53%, a R$ 5,565.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Aéreas e empresas de turismo têm maiores quedas
As ações das companhias aéreas Gol e Azul, assim como os papéis da operadora de turismo CVC e da fabricante de aviões Embraer, eram as que mais caíam em meio à preocupação com a nova variante.
Às 12h30, as ações da Gol desabavam 14%, e os papéis da Azul e da CVC perdiam 13%.
Bolsas dos EUA e da Europa
Os principais índices de ações dos Estados Unidos abriram em forte queda, com os papéis de viagens, bancos e commodities liderando as perdas.
Veja como estavam os índices norte-americanos por volta das 14h:
- Dow Jones Industrial Average: -2,81%
- S&P 500: -2,31%
- Nasdaq: -2,18%
Veja como estavam as principais Bolsas da Europa no mesmo horário:
- Alemanha: -4,15%
- França: -4,75%
- Inglaterra: -3,64%
- Itália: -4,6%
- Espanha: -4,96%
- Portugal: -2,43%
Bolsas da Ásia caem
As ações da China fecharam em baixa, com as empresas de semicondutores e de energia liderando as perdas.
Uma série de casos locais de covid-19 em algumas partes da China levou a cidade de Xangai a limitar as atividades turísticas e uma cidade próxima a cortar serviços de transporte público. Isso derrubou as ações de turismo e as de consumo básico em 1,8% e 0,8%, respectivamente.
Veja como fecharam as Bolsas asiáticas:
- Japão: -2,53%
- Hong Kong: -2,67%
- China: -0,56%
- Índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen: -0,74%
- Coreia do Sul: -1,47%
- Taiwan: -1,61%
- Cingapura: -1,72%
- Austrália: -1,73%
Petróleo cai quase 10%; ouro sobe
Outros ativos também registravam queda nesta sexta, contaminados pelo pessimismo do mercado. O petróleo tanto o Brent quanto o WTI, dos Estados Unidos, se desvalorizavam cerca de 10%%. O bitcoin caía mais de 6%.
O ouro, por outro, registrava ganhos. Em momentos de turbulência no mercado, investidores costumam comprar ouro, em busca de segurança.
Nova variante na África do Sul
Pouco se sabe sobre a variante, detectada primeiramente na África do Sul, e depois em Botswana e Hong Kong. Mas cientistas dizem que ela tem uma combinação atípica de mutações, e pode ser capaz de evitar respostas imunológicas e ser mais transmissível.
Segundo a Agência de Segurança Sanitária britânica, a variante — chamada de B.1.1.529 — tem uma proteína spike que difere drasticamente das do coronavírus original, no qual foram baseadas as vacinas.
O enviado especial da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o combate à covid-19, David Nabarro, disse que é apropriado estar preocupado com a disseminação da nova variante.
O Reino Unido proibiu voos da África do Sul e cinco países vizinhos.
Anvisa recomenda restrição de viajantes
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou uma nota técnica, hoje, recomendando que o governo adote medidas de restrição para viajantes e voos vindos de seis países da África, em razão da identificação da nova variante.
Os países citados pela agência são África do Sul, Botsuana, Eswatini (ex-Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
Por não haver voos diretos desses países para o Brasil, a Anvisa recomenda a restrição de entrada de viajantes dessas áreas também por qualquer outro meio de entrada.
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
*Com informações da agência Reuters.
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