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Servidores do Banco Central preparam paralisação para esta quarta (9)

Sede do Banco Central em Brasília - Adriano Machado/Reuters
Sede do Banco Central em Brasília Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em São Paulo

08/02/2022 14h00Atualizada em 08/02/2022 14h22

Servidores do BC (Banco Central) realizam amanhã uma paralisação entre as 8h e as 12h. Segundo Fábio Faiad, presidente do Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), o ato será "de advertência". Serviços essenciais não deixarão de ser realizados, mas pode haver atrasos no atendimento ao público e na prestação de algumas informações.

A paralisação foi aprovada pelos servidores na semana passada, em assembleia da categoria. Em seu site, o Sinal orienta que os funcionários que desejarem aderir à paralisação desliguem seus computadores e participem de um evento virtual no mesmo horário. O movimento também inclui o envio de e-mails ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Quais são as reivindicações

Os servidores pedem a concessão de reajuste salarial. Segundo o Sinal, a perda acumulada pela inflação já soma 26,3 salários entre agosto de 2010 e outubro de 2021. Eles também demandam a reestruturação da carreira de analistas e técnicos.

A mobilização tomou forma depois que o Congresso aprovou o Orçamento de 2022 com R$ 1,7 bilhão destinado a reajustes ao funcionalismo. O montante foi separado a partir de articulação do próprio governo de Jair Bolsonaro (PL), mas deve ser destinado apenas a policiais federais, policiais rodoviários federais e servidores do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

Em janeiro, Bolsonaro sancionou o Orçamento mantendo a reserva do dinheiro para o reajuste. A medida, porém, ainda não começou a valer, pois depende de atos do próprio governo.

Mais insatisfeitos

Outras categorias do funcionalismo também organizam protestos. Peritos médicos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) realizam uma paralisação hoje e amanhã. Com isso, até 50 mil perícias médicas do INSS devem ser afetadas.

Na Receita Federal, servidores entregaram cargos de chefia e renunciaram a seus postos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), uma espécie de 'tribunal' para processos relacionados a questões tributárias e aduaneiras.