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Servidores do Banco Central fazem paralisação de 4h por reajuste

Paralisação não deve afetar serviços essenciais, diz sindicato dos funcionários do BC - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Paralisação não deve afetar serviços essenciais, diz sindicato dos funcionários do BC Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

09/02/2022 04h00

Servidores do BC (Banco Central) realizam hoje uma paralisação, entre as 8h e as 12h, por reajuste salarial. Segundo Fábio Faiad, presidente do Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), o ato é "de advertência". Serviços essenciais não deixarão de ser realizados, mas pode haver atrasos no atendimento ao público e na prestação de algumas informações.

A paralisação foi aprovada pelos servidores na semana passada, em assembleia da categoria. Em seu site, o Sinal orienta aos funcionários que desejarem aderir à paralisação que desliguem seus computadores e participem de um evento virtual no mesmo horário. O movimento também inclui o envio de e-mails ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Quais são as reivindicações

Os servidores pedem a concessão de reajuste salarial. Segundo o Sinal, a perda acumulada pela inflação já soma 26,3 salários entre agosto de 2010 e outubro de 2021. Eles também demandam a reestruturação da carreira de analistas e técnicos.

A mobilização tomou forma depois que o Congresso aprovou o Orçamento de 2022 com R$ 1,7 bilhão destinado a reajustes ao funcionalismo. O montante foi separado a partir de articulação do próprio governo de Jair Bolsonaro (PL), mas deve ser destinado apenas a policiais federais, policiais rodoviários federais e servidores do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

Em janeiro, Bolsonaro sancionou o Orçamento mantendo a reserva do dinheiro para o reajuste. A medida, porém, ainda não começou a valer, pois depende de atos do próprio governo.

Mais insatisfeitos

Outras categorias do funcionalismo também organizam protestos. Peritos médicos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) paralisam suas atividades desde ontem. Com isso, até 50 mil perícias médicas do INSS devem ser afetadas.

Na Receita Federal, servidores entregaram cargos de chefia e renunciaram a seus postos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), uma espécie de 'tribunal' para processos relacionados a questões tributárias e aduaneiras.