Dólar opera em alta, vendido a R$ 5,266; Bolsa fica quase estável
O dólar comercial operava em alta na manhã de hoje (9). Por volta das 10h30 (horário de Brasília), a moeda norte-americana subia 0,11%, negociada a R$ 5,266, após começar o dia caindo.
No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, operava quase estável, com valorização de 0,03%, aos 112.263,273 pontos. Ontem (8) o índice a 112.234,461 pontos, com alta de 0,21%.
Investidores digerem dados domésticos de varejo melhores do que o esperado e leitura de inflação alinhada às expectativas, enquanto o ambiente local de juros elevados continuava fornecendo suporte à moeda brasileira.
O IBGE informou nesta manhã que o IPCA subiu 0,54% em janeiro, enquanto as vendas no varejo doméstico caíram 0,1% em dezembro. Economistas consultados pela Reuters esperavam alta de 0,55% e queda de 0,5% nas comparações mensais, respectivamente.
Ontem (8) o dólar subiu 0,11%, fechando a R$ 5,261 na venda.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Inflação tem maior taxa para janeiro em seis anos
A inflação ao consumidor no Brasil iniciou 2022 em desaceleração mas com a maior taxa para o mês de janeiro em seis anos, de 0,54% permanecendo acima de 10% no acumulado em 12 meses. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,55%.
Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, disse à Reuters que o comportamento do dólar nesta sessão deve acompanhar a interpretação que investidores fazem dessa leitura. Para ela, inicialmente, o IPCA de janeiro pode reforçar apostas de que o Banco Central não será tão agressivo no encerramento de seu ciclo de aperto monetário quanto o sugerido na ata do último encontro de Comitê de Política Monetária (Copom).
No documento, divulgado na terça-feira, o BC indicou que vai desacelerar o ritmo de ajuste monetário, mas deu a entender que não vai optar por promover uma alta final dos juros já em março, como alguns participantes do mercado esperavam, em meio a preocupações com a alta dos preços.
Caso o mercado entenda que a desaceleração da inflação ao consumidor em janeiro levará o BC a ser mais brando na conduta da política monetária, encerrando seu ciclo de aperto antes do esperado, o dólar pode ser beneficiado ante o real, explicou Argenta.
Juros no Brasil e nos EUA
Apesar da leve valorização desta manhã, o dólar acumula queda de 5,5% contra o real até agora em 2022. Agentes do mercado têm atribuído essa desvalorização, em parte, ao patamar elevado dos juros, já que isso infla os retornos oferecidos por contratos de taxa de câmbio a termo da moeda brasileira.
A Selic foi a 10,75% ao ano na semana passada, após o Banco Central promover um terceiro aumento consecutivo de 1,5 ponto percentual.
Mas o exterior representa riscos negativos para a dinâmica do mercado de câmbio doméstico. Carla Argenta chamou a atenção para dados de inflação norte-americanos que serão divulgados na quinta-feira, que podem fornecer pistas sobre o ritmo que o Federal Reserve, o banco central dos EUA, adotará ao elevar os juros.
A autoridade monetária já sinalizou aos mercados que começará a elevar os custos dos empréstimos em março, e uma surpresa para cima nos números de inflação desta semana poderia alimentar apostas de que essa alta inicial será de 0,5 ponto percentual. Atualmente, a visão predominante do mercado é de que o Fed começará seu aperto monetário com aumento de 0,25 ponto nos juros.
Taxas de empréstimo mais altas nos EUA "tornam ativos precificados em dólar mais vantajosos, tornam ativos de países desenvolvidos que oferecem maior segurança (como os EUA) mais vantajosos", disse a economista da CM Capital, afirmando que isso representa um desafio para o real.
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