Dólar opera em queda de 1,06%, a R$ 5,085, com possível encontro Biden-Putin; Bolsa sobe
O dólar comercial começou a semana operando em queda de 1,06%, negociado a R$ 5,085 por volta das 12h45 (horário de Brasília), conforme investidores avaliavam as chances de haver uma reunião entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia para resolver a crise da Ucrânia.
A França afirmou que os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e Estados Unidos, Joe Biden, aceitaram participar em uma reunião de cúpula proposta para evitar uma invasão russa da Ucrânia, mas o Kremlin, sede do governo russo, destacou que é "prematuro" falar de um encontro entre os dois chefes de Estado. A iniciativa de Paris é um um novo esforço diplomático para conter a crise no leste europeu.
Na última sexta-feira (18), a moeda teve desvalorização de 0,52% e fechou a R$ 5,140 na venda, na sexta semana consecutiva de perdas, em meio à percepção de juros domésticos atrativos.
Após duas baixas seguidas, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, revertia a tendência por volta do mesmo horário. Ele subia 0,38%, registrando 113.303,93 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Possível encontro entre Biden e Putin
Os presidentes norte-americano, Joe Biden, e russo, Vladimir Putin, concordaram em princípio com um encontro para tratar da Ucrânia, disse o presidente francês, Emmanuel Macron.
A notícia desencadeou uma onda momentânea de apetite por risco nos mercados internacionais, embora comentários posteriores do Kremlin, de que não há planos concretos para uma reunião, tenham moderado o bom humor, fazendo as principais bolsas europeias devolverem ganhos iniciais.
Mas, nos mercados de câmbio, o a divisa dos EUA manteve trajetória de desvalorização contra uma cesta de pares fortes, enquanto o dólar australiano, "proxy" da demanda global por risco, avançava nesta manhã.
Estrategistas da XP chamaram a atenção em nota matinal para o desempenho misto nos mercados internacionais, afirmando que, embora a possibilidade de resolução diplomática seja um alívio, os mercados "continuam céticos", principalmente porque a conclusão dos Jogos de Inverno de Pequim —vistos por alguns como impedimento a ações da Rússia— traz "nova urgência" para a crise.
Vários operadores apontavam para possibilidade de volatilidade nos mercados globais nesta segunda-feira, já que os mercados norte-americanos permanecerão fechados devido a feriado nos Estados Unidos, o que tende a reduzir a liquidez.
Dólar pode continuar a cair?
Enquanto isso, no Brasil, investidores avaliavam até que ponto o real terá espaço para se valorizar, depois de o dólar ter marcado na última sessão seu sexto recuo semanal consecutivo frente à divisa doméstica, apresentando baixa de 7,75% no acumulado do ano até sexta-feira passada, quando fechou em R$ 5,1417.
"A pergunta é se a combinação de um elevado diferencial de juros entre Brasil e outros emergentes à manutenção —e até mesmo aumento— dos preços das commodities exportadas pelo Brasil não está mais que compensando o risco fiscal gerado pelos ruídos quanto ao desempenho das contas públicas em 2022", disse a Genial Investimentos em nota.
Juros mais altos em determinado país tendem a atrair recursos de investidores para a renda fixa, o que, consequentemente, pode ajudar na valorização da moeda local.
No Brasil, a taxa Selic está atualmente em 10,75% ao ano, e deve subir ainda mais ao longo das próximas reuniões do Banco Central, enquanto, nos EUA, as taxas de empréstimo seguem próximas de zero —embora o Federal Reserve tenha indicado que começará a elevá-las no mês que vem.
Caso os retornos elevados no ambiente local continuem compensando o "cenário internacional desafiador" e receios fiscais domésticos, "devemos esperar persistência na trajetória de valorização da moeda brasileira por mais algum tempo", disse a Genial.
*Com informações da Reuters
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
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