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Hyundai vai interromper produção em fábrica de São Petersburgo, na Rússia

Do UOL, em São Paulo

01/03/2022 05h30Atualizada em 01/03/2022 10h34

A fábrica da Hyundai na cidade de russa de São Petersburgo, a segunda maior após Moscou, vai interromper a produção de automóveis a partir de hoje devido à falta de fornecimento de materiais para a montagem dos carros. Segundo a agência estatal da Rússia RIA Novosti, a empresa planeja retomar a produção da unidade no dia 9 de março.

O anúncio da suspensão ocorre dia após dezenas de países anunciarem sanções econômicas contra a Rússia e a moeda do país registrar queda recorde de 30% ontem.

O impacto das sanções também levou o Banco Central da Rússia a dobrar a taxa básica de juros: foi de 9,5% para 20%. Segundo comunicado do BC, a elevação dos juros garantirá uma alta nas taxas de depósito "para níveis necessários a fim de compensar a maior depreciação do rublo e os riscos de inflação". A queda da moeda russa também levou o BC a suspender as operações da Bolsa de Moscou nesta segunda-feira (28).

Sanções econômicas

No domingo (27), o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, anunciou que vários países da União Europeia chegaram a um acordo político para bloquear transações financeiras com o Banco Central da Rússia, o que implica no bloqueio de "mais da metade das reservas" da instituição financeira russa, "uma vez que são mantidas em países do G7".

A decisão também foi divulgada na fala da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que lembrou que a medida é uma sanção a mais além das anunciadas anteriormente.

Ela também reforçou o acordo das nações europeias com os Estados Unidos para excluir a Rússia do Swift (Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais), uma cooperativa criada pelos países para permitir a padronização de informações financeiras e transferências de recursos entre bancos ao redor do mundo.

Para tentar contornar a situação, alguns bancos do país, como o Sberbank e VTB, asseguraram aos seus clientes que eles poderiam converter as moedas locais em moedas estrangeiras, como euro e dólar, para evitar maiores prejuízos.