Dólar opera em alta de 0,83%, a R$ 4,787; Bolsa cai 0,49%
O dólar comercial operava em alta hoje, após uma sequência de oito quedas consecutivas. Por volta das 14h1- (horário de Brasília), a moeda norte-americana subia 0.83%, vendida a R$ 4,787, com investidores também acompanhando a força da moeda norte-americana no exterior.
No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, caía 0,49%, a 118.492,72 pontos, em meio a desempenho sem direção comum em Wall Street e queda firme dos preços do petróleo.
A perspectiva de uma reunião presencial, a primeira em mais de duas semanas, entre representantes da Ucrânia e da Rússia estava no radar dos mercados.
Na sexta-feira (25) o dólar comercial fechou com desvalorização de 1,75%, vendido a R$ 4,747, e a Bolsa com valorização de 0,02%, a 119.081,133 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Participantes do mercado já vinham alertando desde a semana passada que havia possibilidade de eventual correção no preço do dólar, já que é normal ver movimentos de ajustes após oscilações expressivas da moeda.
"Com mais força cambial ficando para trás, poucos argumentos convincentes para redução considerável do prêmio de risco e o real sensível a possível piora no sentimento global de risco, a recompensa pelo risco de posições compradas em real parece menos atraente agora do que há muitas semanas atrás", disse o Goldman Sachs em relatório, embora enxergue possibilidade de a moeda atingir níveis em torno de 4,50 por dólar no curto prazo, apoiada, entre outros fatores, pela disparada recente nos preços das commodities.
O banco também citou preocupações com as perspectivas de crescimento do Brasil —cuja economia deve ser afetada pela crise na Ucrânia— e desafios fiscais domésticos como possíveis empecilhos para valorização adicional do real no médio prazo.
A possibilidade de o Banco Central encerrar seu ciclo de aperto monetário em maio, com o presidente Roberto Campos Neto sinalizando alta da Selic a 12,75% ao ano, também foi destacada pelo Goldman Sachs, que, assim como várias outras instituições financeiras, esperava elevação adicional dos juros em junho.
Custos de empréstimos mais altos têm sido apontados como importante fator de impulso para o real, já que tornam a moeda mais atraente para investidores que buscam lucrar com a tomada de empréstimos em países de juro baixo e aplicação desses recursos num mercado que oferece maiores rendimentos. Atualmente, a Selic está em 11,75%.
Apesar da recuperação desta manhã, o dólar ainda cai mais de 14% no acumulado do ano frente ao real, cujos ganhos em 2022 são os mais acentuados do mundo.
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
* Com Reuters
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