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Prefeituras terão que informar taxistas cadastrados para governo pagar vale

JESHOOTS.com/Pexels
Imagem: JESHOOTS.com/Pexels

Do UOL, em São Paulo

21/07/2022 18h49Atualizada em 21/07/2022 19h15

O MTP (Ministério do Trabalho e Previdência) pediu aos municípios hoje que enviem os dados de seus taxistas cadastrados para que o órgão possa ceder um benefício emergencial aos profissionais, baseado na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Auxílios, a mesma que estabeleceu o "vale-caminhoneiro" e mudanças no Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família).

Os taxistas elegíveis para o bônus, que ao todo custará R$ 2 bilhões, são os com "Carteira Nacional de Habilitação válida e alvará em vigor no dia 31 de maio de 2022", segundo o MPT.

O governo ainda não anunciou quanto cada motorista receberá e ressaltou hoje, em nota, que "o valor e o número de parcelas do benefício poderão ser ajustados de acordo com o número de beneficiários cadastrados, respeitando o limite global disponível para o pagamento do auxílio, previsto na Emenda".

O comunicado do MTP prevê que o primeiro lote seja pago no dia 16 do próximo mês, enquanto o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou mais cedo que o auxílio para os caminhoneiros deve ser liberado no dia 5 de agosto.

Para receber o benefício, os taxistas devem ser cadastrados pelos prefeitos de seus municípios no site do governo a partir de segunda-feira (25).

Intenções eleitorais

A PEC dos Auxílios é alvo de críticas por ser uma das apostas da base aliada ao presidente Jair Bolsonaro (PL) para melhorar o desempenho do pré-candidato à reeleição nas pesquisas eleitorais, com reajuste de R$ 400 para R$ 600 do Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família), aumento de R$ 53 para R$ 120 do vale-gás, criação de auxílio-caminhoneiro de R$ 1.000 e o benefício para taxistas.

Na semana passada, ao falar com apoiadores, o presidente omitiu que os auxílios têm validade até dezembro desse ano, quando o pleito já estará decidido. Bolsonaro também disse que a PEC não é "eleitoreira" porque "quem está necessitado não quer saber se tem eleição ou não".

No começo do mês, o presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores) Wallace Landim, conhecido como Chorão, classificou como "esmola" e tentativa de "compra de voto" a PEC dos Auxílios.

"Mil reais não resolvem o problema dos caminhoneiros autônomos, é uma afronta à nossa inteligência, é uma tentativa clara de comprar o direito mais digno de um cidadão que é o seu voto", afirmou em nota à imprensa.