Quem é Sicupira, o 4º mais rico do país e que trouxe helicóptero no Beluga
Carlos Alberto Sicupira, ou apenas Beto Sicupira, é uma das pessoas mais ricas do Brasil já não é de hoje. Mas, pela primeira vez, o empresário carioca de 74 anos saiu de uma posição individual para se juntar à sua família na lista de bilionários da Forbes em 2022.
De acordo com a publicação, Sicupira subiu um degrau em relação ao ano passado e é o quarto maior bilionário do Brasil. Sua fortuna é estimada em R$ 39,85 bilhões, maior que o PIB (Produto Interno Bruto) de estados como Acre, Amapá, Roraima e Tocantins.
Ele só está atrás de seus sócios de longa data, os empresários Jorge Paulo Lemann (1º) e Marcel Herrmann Telles (3º) —que possuem patrimônio R$ 72 bilhões e R$ 48 bilhões, respectivamente— e Eduardo Saverin (2º), cofundador do Facebook e dono de R$ 52,8 bilhões.
Empresário é dono de helicóptero exclusivo. A moderna aeronave foi trazida ao Brasil pelo Beluga, avião supercargueiro da Airbus que causou furor no fim de julho por sua passagem pelo país.
Sicupira, que raramente fala à imprensa e é presença garantida em eventos sobre empreendedorismo, recentemente foi notícia ao adquirir um bem de luxo que é para poucos.
Segundo o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, ele comprou o primeiro modelo de um dos helicópteros mais caros do mundo, o Airbus ACH160, avaliado em US$ 19,5 milhões (R$ 101,1 milhões, na cotação atual).
Sobre seu sócio de longa data, Lemann reforçou que Beto Sicupira "gosta de cuidar de avião, de barco, de cuidar de qualquer coisa, de botar ordem". De acordo com o homem mais rico do Brasil, Sicupira "é um militar, na realidade, ele gosta de ordem".
Para além dos gostos milionários e do pulso firme, Sicupira começou a trabalhar ainda adolescente com a venda de carros usados e calças que comprava nos Estados Unidos.
Seu lema no trabalho é conhecido: "custo é como unha. Tem de cortar sempre".
Parceiro de longa data de Lemann e Telles. Formado em Administração pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), ele construiu uma boa parte de seu patrimônio como sócio da Anheuser-Buschen InBev, ou simplesmente AB InBev, a maior cervejaria do mundo e dona da brasileira Ambev. Ele detém cerca de 3% de participação na companhia.
Criou nos anos 2000, ao lado de Lemann e Telles, o fundo de investimentos 3G Capital, que controla marcas como Burger King, Heinz e Lojas Americanas —sendo esta última adquirida pelo trio no início anos 1980. Recentemente, Sicupira anunciou sua saída da presidência do conselho da Americanas.
Sicupira recebeu homenagem do Senado, em 2015, ao lado de mais quatro empresários, com a entrega do Diploma José Ermírio de Moraes. Segundo o presidente da Casa à época, Sicupira era uma liderança em empreender, identificar oportunidades e agregar valor aos seus negócios.
Em agosto deste ano, o bilionário disse, durante o evento XP Expert, por que o Brasil ainda é visto como o país do futuro, mas nunca chega lá. Segundo ele, a falta de investimento em educação deixa milhões de pessoas sem oportunidades.
"Enquanto a gente não tiver oportunidade e acesso a oportunidades igual para todo mundo, a gente não vai ser o país do futuro. Não adianta num país de 215 milhões de pessoas ter acesso a oportunidade para 15 milhões", disse o dono de quase R$ 40 bilhões.
Fora do mundo de negócios, já declarou que usa de sua expertise em gestão na iniciativa privada como uma espécie de membro de conselho de administração em parcerias com os governos de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Ele afirmou não ter "coragem" para ser político ou aceitar algum cargo de liderança executiva.
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