Quanto ganham os CEOs no Brasil com os maiores salários? Veja como calculam

Provavelmente você já teve vontade de descobrir quanto os CEOs de grandes companhias ganham. O CEO (Chief Executive Officer) é o maior cargo executivo de uma empresa e muitos profissionais querem chegar a essa posição em algum momento de suas carreiras.

No Brasil, Santander (SANB11), Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) são as três empresas que pagaram as maiores remunerações a seus executivos em 2021. Os dados foram fornecidos pelas empresas nos formulários de referência, depositados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e compilados pela Forbes.

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Desde 2009, a CVM passou a exigir que as companhias informassem a remuneração total anual da diretoria, declarando o valor mais baixo e o mais alto - que normalmente é pago ao CEO ou presidente, podendo haver exceções.

Por que CEOs ganham tanto?

Aquilo que um CEO recebe equivale não apenas ao esforço que ele tem em fazer o negócio crescer e prosperar, mas também a outros aspectos, como mercado, marca pessoal, networking, "apadrinhamentos", conexão com investidores e conselho.

Apesar de cada profissional ter um salário-base, a maior parte do que recebe é uma remuneração pelo sucesso da empresa.

É comum o seguinte perfil: uma vez por ano, os comitês de remuneração, compostos por conselheiros e executivos, reúnem-se para analisar o sistema de cálculo do pagamento. Portanto, além de fazer uma boa análise na performance do CEO, também fazem benchmark para comparar os valores com outros executivos do mercado.

Um levantamento feito pela federação AFL-CIO, maior organização de sindicatos dos Estados Unidos, revelou que a remuneração dos CEOs de grandes empresas, como Amazon, Apple e Intel, equivale a 324 vezes o salário médio de seus colaboradores.

A seguir, conheça os 10 CEOs mais bem pagos do Brasil:

1. Santander (SANB11)

Maior remuneração: R$ 59 milhões por ano (2021)
Comparação com 2020: +26%
Setor: Financeiro
Desempenho das ações em 2021: 34,4%
CEO (em 2021): Sergio Rial

Sergio Agapito Lires Rial é Presidente do Conselho de Administração do Santander Brasil, posição que assumiu em janeiro de 2022, após ocupar a posição de Presidente Executivo do banco de janeiro de 2016 a dezembro de 2021.

2. Vale (VALE3)

Maior remuneração: R$ 55,1 milhões por ano (2021)
Comparação com 2020: +75%
Setor: Mineração
Desempenho das ações em 2021: -9,1%
CEO: Eduardo Bartolomeo

Eduardo Bartolomeo é CEO da Vale S.A (VALE3), cargo que assumiu em 2019, sendo que foi ele o nome escolhido para participar do processo de recuperação da imagem das empresas após os desastres envolvendo suas barragens. Além de sua atuação na Vale, Eduardo Bartolomeo é conhecido por ter atuado em posições de destaque em outras grandes empresas como NTS e BHG.

3. Itaú Unibanco (ITUB4)

Maior remuneração: R$ 52,9 milhões por ano (2021)
Comparação com 2020: +52%
Setor: Financeiro
Desempenho das ações em 2021: -18,8%
CEO: Milton Maluhy Filho

O CEO do Itaú Unibanco (ITUB; ITUB3; ITUB4), Milton Maluhy Filho, é o único executivo brasileiro entre os 250 melhores CEOs do mundo na lista da Brand Finance. Ele está na 231ª posição. Maluhy está no cargo desde 2021, tendo atuado como vice-presidente executivo de finanças e riscos. Antes disso, ocupou diversos cargos, incluindo o de vice-presidente (2019 a 2020) e diretor presidente do Itaú CorpBanca (Chile) (2016 a 2018), responsável pela fusão de dois bancos, CorpBanca e Banco Itaú Chile.

4 - Eneva (ENEV3)

Maior remuneração: R$ 52,7 milhões por ano (2021)
Comparação com 2020: +195%
Setor: Energia
Desempenho das ações em 2021: -12,5%
CEO: Pedro Zinner

Pedro Zinner é CEO da Eneva desde 2017, quando substituiu José Aurélio Drummond. Zinner acumula a diretoria de Relações com Investidores da empresa. Flavia Martins assumirá, interinamente, a diretoria Financeira da companhia.

5 - JBS (JBSS3)

Maior remuneração: R$ 52,6 milhões por ano (2021)
Comparação com 2020: +56%
Setor: Frigoríficos
Desempenho das ações em 2021: +71,9%
CEO: Gilberto Tomazoni

Gilberto Tomazoni assumiu o cargo de CEO da JBS em 2018, concluindo um processo de sucessão iniciado 15 meses atrás, após a prisão de Wesley Batista. Tomazoni, que ingressou na companhia em 2013 após passagens pela Bunge e pela Sadia (hoje parte da BRF), era o chefe global de operações da JBS desde 2017.

6 - Localiza (RENT3)

Maior remuneração: R$ 29,7 milhões por ano (2021)
Comparação com 2020: +52%
Setor: Aluguel de veículos
Desempenho das ações em 2021: -25,1%
CEO: Bruno Lasansky

Bruno Lasansky é CEO da Localiza desde 2021. Ele é formado em engenharia industrial pelo Instituto Tecnológico de Buenos Aires e obteve o seu MBA pela Wharton School nos EUA. Antes da Localiza, foi sócio da consultoria Bain & Company.

7 - Bradesco (BBDC4)

Maior remuneração: R$ 29,3 milhões por ano (2021)
Comparação com 2020: +23%
Setor: Financeiro
Desempenho das ações em 2021: -20,9%
CEO: Octavio de Lazari Júnior

Octavio de Lazari é CEO do banco Bradesco desde 2018. Atuando no negócio desde 1978, Octavio construiu toda sua carreira na empresa, não à toa a oficialização de seu nome no cargo foi bem recebida na bolsa de valores. As ações da companhia subiram 2,3% no dia da indicação da troca.

8 - Cosan (CSNA3)

Maior remuneração: R$ 27,6 milhões por ano (2021)
Comparação com 2020: +145%
Setor: Petróleo e Gás
Desempenho das ações em 2021: +8,23%
CEO: Luis Henrique Guimarães

Luis Henrique Guimarães se tornou CEO da Cosan em 2020. Antes disso, Guimarães presidiu a Raízen Energia e Raíden Combustível desde 2016 e, antes, exerceu diversos cargos executivos no grupo Shell, dentro e fora do país, por mais de 20 anos.

9 - Rede D'Or (RDOR3)

Maior remuneração: R$ 27,2 milhões por ano (2021)
Comparação com 2020: +44%
Setor: Saúde
Desempenho das ações em 2021: -27%
CEO: Paulo Moll

Pedro Moll ingressou na companhia em 1998, ocupou o cargo de diretor sem designação específica de 2009 a 2015 e é membro do conselho de administração desde 2010. Moll é bacharel em administração de empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e possui MBA em Gestão em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. Trabalhou como executivo de diagnóstico no Labs D'Or e atuou como membro do conselho de administração da Cremer S.A.

10 - Braskem (BRKM5)

Maior remuneração: R$ 24 milhões por ano (2021)
Comparação com 2020: +65%
Setor: Petroquímico
Desempenho das ações em 2021: alta de 144,5%
CEO: Roberto Simões

Roberto Simões assumiu o cargo de CEO da Braskem em 2019. O executivo acumula passagem por empresas como Ocyan Participações, onde atuou nos últimos 6 anos, Odebrecht Defesa e Tecnologia, Santo Antonio Energia, iG-Internet Group e na própria Braskem como vice-presidente executivo entre 2004 e 2008.