IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

Quem é Jean Paul Prates, o próximo presidente da Petrobras

Senador Jean Paul Prates (PT-RN), cotado para presidir a Petrobras no governo Lula - Geraldo Magela/Geraldo Magela/Agência Senado
Senador Jean Paul Prates (PT-RN), cotado para presidir a Petrobras no governo Lula Imagem: Geraldo Magela/Geraldo Magela/Agência Senado

Do UOL, em Brasília

04/11/2022 11h01Atualizada em 30/12/2022 15h06

Próximo presidente da Petrobras, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) já era cotado para assumir a estatal. Seu nome passou a ser considerado certeiro quando, logo depois da eleição, ele viajou com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a COP-27, a Conferência da ONU sobre o clima, no Egito.

Em 2014, Prates foi eleito suplente na chapa de Fátima Bezerra (PT-RN) ao Senado. Em 2018, ela concorreu ao governo, venceu e ele assumiu a cadeira no Congresso.

No início de 2022 Prates considerou sair do partido e migrar para o PSD para concorrer ao Senado depois de ser preterido por Bezerra, com aval de Lula, para a vaga.

Ele permaneceu no PT e se tornou o principal interlocutor de Lula com integrantes da área de combustíveis. Na quinta (3), participou da primeira reunião da equipe do governo eleito com o relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI).

Prates defende uma mudança na composição dos preços da Petrobras e o fortalecimento da empresa em investimento público. "O Brasil correu atrás da autossuficiência e de alguma capacidade significativa de refino justamente para diminuir, não eliminar de todo, a exposição à volatilidade do preço internacional no mercado brasileiro", disse Prates ao UOL em outubro.

Atuação em óleo e gás. Prates atua no mercado de óleo e gás desde a década de 1980, quando participou da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro).

Nos anos 90, fundou uma consultoria na área. Foi presidente do Sindicato das Empresas de Energia do Rio Grande do Norte e do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia. Participou da regulação dos setores de petróleo, energia renovável, biocombustíveis e infraestrutura nos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula, em normas como lei do petróleo, contrato de concessão e decreto dos royalties.

Natural do Rio de Janeiro, Prates se envolveu com a política no Rio Grande do Norte em 2001, quando trabalhou em uma proposta para o setor apresentada ao então governador Garibaldi Alves (MDB). A iniciativa foi adotada em 2003 pela governadora Wilma de Faria (PSB). Em 2005, fixou residência no estado. Foi secretário de Estado de energia do Rio Grande do Norte.