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Tebet defende que primeiro nome anunciado seja da Economia: 'Evitar ruído'

Simone Tebet faz parte da equipe de transição do novo governo - Evaristo Sa/AFP
Simone Tebet faz parte da equipe de transição do novo governo Imagem: Evaristo Sa/AFP

Do UOL, em São Paulo

10/11/2022 16h44Atualizada em 10/11/2022 16h44

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) defendeu que o primeiro ministro a ser apresentado pelo novo governo deve ser o da Fazenda ou Economia. A parlamentar ressaltou a necessidade de um posicionamento técnico em relação aos discursos políticos do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para evitar qualquer "ruído".

"Entendo que o primeiro ministro a ser anunciado, no seu devido tempo e o mais rápido possível, de acordo com o presidente Lula, seja o ministro da Fazenda ou da Economia. Para que efetivamente o ministro possa explicar a política econômica do novo governo. E explicar muitas vezes, aquilo que o seu chefe, o presidente da República, disse em um contexto político", afirmou, em entrevista à GloboNews.

É preciso, sim, um ministro da Economia para poder explicar um discurso politico. Para evitar, exatamente, este ruido
Simone Tebet

Tebet colocou como exemplo a Reforma Trabalhista, muitas vezes criticada pelo PT e por Lula, como um ponto que precisa de atenção e explicações claras. A senadora ressaltou que é "radicalmente contra retroceder, e anular ou cancelar" os efeitos da reforma, mas reconheceu que há pontos para serem reavaliados, como o teletrabalho.
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"Explicar, por exemplo, o que ele [Lula] quis dizer em relação às relações trabalhistas. Para mim, o que ficou claro é que embora a Reforma Trabalhista tenha sido aprovada há pouco tempo, depois da pandemia tivemos certas situações que fazem com que precisemos atualizar a legislação trabalhista. Sou radicalmente contra retroceder, e anular ou cancelar qualquer tipo de medida que foi aprovada", disse.

"Nós temos, por exemplo, a questão do teletrabalho, que veio com a Reforma Trabalhista, já está insuficiente depois de uma pandemia que fez a sociedade perceber que algumas atividades podem ter uma extensão deste teletrabalho em alguns momentos. E assim por diante", concluiu.

O dólar disparou nesta quinta-feira (10) após a divulgação da inflação no Brasil e nos Estados Unidos. Além disso, o mercado reage à possibilidade de tirar o Bolsa Família do teto de gastos, dizem analistas e investidores.

Hoje, Lula chorou ao falar sobre a fome e se emocionou ao falar sobre o compromisso que terá com o tema. "Se quando eu terminar esse mandato cada brasileiro estiver tomando café, almoçando e jantando outra vez, eu terei cumprido a missão da minha vida", afirmou, antes de pausar para enxugar as lágrimas.

Qual é a regra de ouro deste país? É garantir que nenhuma criança vá dormir sem tomar um copo de leite e acorde sem ter um pão com manteiga para comer todo dia. Essa é a nossa regra de ouro
Lula

Tebet defenderá ajustes no Auxílio Brasil. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) ingressou na equipe de transição com a missão de defender ajustes no Auxílio Brasil, programa de transferência de renda adaptado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) a partir do Bolsa Família.

"É disso que temos que tratar —da fome, da geração de emprego, renda e recursos para fazer políticas públicas. Habitação, melhoria e recursos na área da saúde e de educação", afirmou a congressista, anunciada hoje pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), como titular da área de Desenvolvimento Social do grupo.

A nomeação, porém, não significa que Tebet assumirá cargo ministerial na gestão Lula. "Simone, com a sua experiência e com a sensibilidade, a força da mulher, vai trabalhar conosco na área do Desenvolvimento Social, que é uma área importantíssima. Não tem relação entre transição e ministério. São coisas diferentes", disse Alckmin.