Haddad assumiu compromisso com responsabilidade fiscal, diz Febraban
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) cumprimentou hoje o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após ele ser anunciado para o cargo pelo governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em nota assinada pelo presidente da Febraban, Isaac Sidney, a Federação citou que o ex-prefeito paulistano é "afeito ao diálogo e com qualidades reconhecidas", além de ter assumido "compromisso com o crescimento, agenda social e responsabilidade fiscal".
A instituição ainda desejou "sucesso" a Haddad e aos demais nomes indicados hoje:
- Rui Costa para a Casa Civil,
- José Mucio para Defesa,
- Flavio Dino para Justiça
- e Mauro Vieira no Itamaraty.
"O setor bancário, que tradicionalmente se posiciona e contribui com pautas voltadas para o desenvolvimento do país, reitera que está à disposição para colaborar com o novo governo", diz a nota.
"Teste" de Haddad
No fim de novembro, Haddad foi escolhido por Lula para participar de evento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o que foi considerado uma espécie de "teste" de seu nome para a pasta.
Na ocasião, disse que a reforma tributária e a melhoria na qualidade dos gastos estarão entre as prioridades de Lula a partir de 2023. Ele acrescentou que, em uma segunda etapa, o governo também deve tratar de tributação de renda e patrimônio.
O mercado considera Haddad um nome controverso para o cargo, já que a indústria financeira preferia um técnico sem filiação petista no comando da economia, mas Lula vinha sinalizando desde o ano passado preferir um político no Ministério da Fazenda para negociar com o Congresso, dada a difícil situação das contas públicas no pós do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Currículo
Filiado ao PT desde 1983, Haddad iniciou sua carreira na política ao assumir a subsecretaria de finanças da cidade de São Paulo entre 2001 e 2003, na gestão de Marta Suplicy. Integrou a equipe do Ministério do Planejamento na gestão de Guido Mantega (2003-2004) e participou da elaboração do projeto de lei que instituiu no Brasil a PPP (Parceria Público-Privada).
Haddad assumiu o cargo de secretário-executivo do Ministério da Educação (2004 -2005) no primeiro governo Lula e ganhou projeção nacional quando assumiu o cargo de ministro, entre 29 de julho de 2005 e 24 de janeiro de 2012 (governos Lula e Dilma).
Em sua gestão, o governo federal lançou o ProUni, expandiu o Fies e criou o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
Em 2012, Haddad venceu José Serra (PSDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, mas perdeu a reeleição no primeiro turno em 2016 para João Doria (PSDB).
A outra derrota veio em 2018. Na época vice de Lula, Haddad substituiu a candidatura do petista após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indeferir sua candidatura com base na lei da Ficha Limpa. Ele fez a campanha em nome de Lula, que estava preso após ter sido condenado na Operação Lava Jato, e perdeu para Bolsonaro.
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