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Acionistas minoritários processam Americanas: 'Manipulou fatos e danos'

Balanço das Lojas Americanas apontou rombo de R$ 20 bilhões nas finanças da empresa - Mauro Pimentel/AFP
Balanço das Lojas Americanas apontou rombo de R$ 20 bilhões nas finanças da empresa Imagem: Mauro Pimentel/AFP

Do UOL, em São Paulo

16/01/2023 14h44

A ação judicial foi protocolada pelo Ibraci (Instituto Brasileiro de Cidadania) na 5ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro.

Milhares de acionistas minoritários, pequenos investidores, consumidores por serem vítimas do dano, retiraram valores de sua poupança, fruto de muito trabalho e suor, confiando na robustez e alto índice de governança corporativa da ré [Americanas]."

Entidade diz que investidores foram induzidos a erro. Para o Ibraci, a empresa "embelezou os seus balanços".

"O que se verifica no caso da AMER3 [código das Americanas na Bolsa de Valores] é o derretimento do preço por práticas ilegais de contabilidade, ausência de transparência, de boa-fé e de governança corporativa", diz um trecho da ação.

As práticas danosas representam atos ilícitos realizados por seus agentes e pela empresa e induziram os investidores a superavaliar os papéis ocasionando prejuízos a eles."

O Ibraci também pediu indenização aos acionistas. De acordo com a ação, os investidores devem ser indenizados individualmente por danos morais e materiais. Se esse pedido for negado pela Justiça, o instituto sugere que o juízo aplique punição por dano moral coletivo.

Americanas anunciaram novo presidente

Em meio à crise causada por inconsistências em balanços financeiros que apontaram rombo de R$ 20 bilhões nas finanças da empresa, o conselho de administração anunciou hoje João Guerra Duarte Neto como o novo presidente das Americanas.

A partir de agora, ele também será Diretor de Relações com Investidores.

Entenda a crise nas Americanas

  • Na quarta-feira, a empresa anunciou "inconsistências" de R$ 20 bilhões no balanço;
  • Na sexta-feira, o juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial do Rio, concedeu uma medida de tutela de urgência cautelar, dando 30 dias para que a empresa possa decidir se vai pedir recuperação judicial;
  • Na decisão, o juiz informa que as Americanas alegaram o risco de seus credores pedirem o vencimento antecipado de R$ 40 bilhões em dívidas;
  • Para evitar a quebra da empresa, o juiz suspendeu essa possibilidade por 30 dias.