'Juros genocidas': Gleisi critica decisão do Copom de manter Selic a 13,75%
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a manutenção da Selic, taxa básica de juros, em 13,75%. A decisão foi anunciada pelo Copom, do Banco Central, hoje à noite.
O que aconteceu:
Gleisi chamou os juros de "genocidas" e acusou de "negacionismo econômico" o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
A líder do PT questionou quantos empregos teriam sido perdidos, quantas empresas faliram e famílias foram "destruídas" por conta da alta taxa; ela não citou números que comprovassem sua fala.
O governo Lula (PT) pressiona para uma redução da Selic, que está a 13,75% desde agosto de 2022.
Lula já indicou que deseja mexer na meta de inflação, o que dificultaria as justificativas do Copom para não diminuir a taxa; Campos Neto é contra a medida.
Na semana passada, Haddad reforçou a pressão no Copom: "Com essa taxa, de 13,75%, o Brasil não vai crescer. Mas criando as condições, e elas estão criadas, para baixar... Empresário tem que ganhar dinheiro com juros baixos e investindo".
O que motivou a decisão?
O Copom destacou a "incerteza" sobre a versão final do arcabouço fiscal como um fator de alto risco, apesar de detalhar que a apresentação da medida, juntamente à reoneração de combustíveis, reduziu parcialmente os receios econômicos."
O comitê ressaltou que a inflação ao consumidor "segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta".
O Copom disse ainda que "não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado".
A decisão era esperada por economistas e boa parte do mercado aposta em queda só no segundo semestre.
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