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'Juros genocidas': Gleisi critica decisão do Copom de manter Selic a 13,75%

REUTERS
Imagem: REUTERS

Do UOL, em São Paulo

03/05/2023 19h40Atualizada em 03/05/2023 21h04

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a manutenção da Selic, taxa básica de juros, em 13,75%. A decisão foi anunciada pelo Copom, do Banco Central, hoje à noite.

O que aconteceu:

Gleisi chamou os juros de "genocidas" e acusou de "negacionismo econômico" o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

A líder do PT questionou quantos empregos teriam sido perdidos, quantas empresas faliram e famílias foram "destruídas" por conta da alta taxa; ela não citou números que comprovassem sua fala.

O governo Lula (PT) pressiona para uma redução da Selic, que está a 13,75% desde agosto de 2022.

Lula já indicou que deseja mexer na meta de inflação, o que dificultaria as justificativas do Copom para não diminuir a taxa; Campos Neto é contra a medida.

Na semana passada, Haddad reforçou a pressão no Copom: "Com essa taxa, de 13,75%, o Brasil não vai crescer. Mas criando as condições, e elas estão criadas, para baixar... Empresário tem que ganhar dinheiro com juros baixos e investindo".

O que motivou a decisão?

O Copom destacou a "incerteza" sobre a versão final do arcabouço fiscal como um fator de alto risco, apesar de detalhar que a apresentação da medida, juntamente à reoneração de combustíveis, reduziu parcialmente os receios econômicos."

O comitê ressaltou que a inflação ao consumidor "segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta".

O Copom disse ainda que "não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado".

A decisão era esperada por economistas e boa parte do mercado aposta em queda só no segundo semestre.