Polêmica com 'De mulher pra mulher' e crise: 7 curiosidades da loja Marisa
A Marisa anunciou o fechamento de 91 lojas, em um processo que deve custar cerca de R$ 62 milhões. Há 75 anos no mercado, a marca ainda gera curiosidade entre os consumidores. Afinal, quem foi a mulher que deu nome à rede de lojas? Spoiler: não somos só nós que não sabemos se existiu uma Marisa...
Quando a Marisa foi criada?
Nome já existia. Segundo o site da empresa, Bernardo Goldfarb adquiriu a Marisa Bolsas em 1948, após anos aprendendo a arte da confecção de acessórios com o próprio pai. Na ocasião, o nome do negócio já existente não foi alterado.
Dois anos depois, Goldfarb criou a Marisa Malhas. Então, começou o processo de expansão — que passou a usar somente "Marisa" em todas as unidades, unificando a marca.
Moda e inovação. Depois de se instalar em todas as regiões do Brasil, a Marisa abriu sua primeira loja dentro de um shopping de São Paulo em 1990. A loja virtual e o cartão chegaram em 1999.
Desde 1999 a empresa se recriou com o conceito de "Marisa Ampliada". Isto é, as lojas cresceram e seu público-alvo também, com enfoque também em vestuário infantil e masculino. O mercado de lingeries e a expansão da atuação online foram outros pontos de crescimento.
Slogan famoso. Uma das marcas registradas da marca veio em seus comerciais de TV, com a frase "De mulher para mulher, Marisa" — um slogan chiclete, que grudou na cabeça de quem via TV nos anos 1990. A criação é creditada à agência CVS, em 1988.
O slogan De Mulher para Mulher, nascido há mais de 30 anos, reflete até hoje uma trajetória consistente com foco na evolução da mulher na sociedade. Crescemos e aprendemos junto com elas e ainda acreditamos que o De Mulher para Mulher traduz até hoje a importância do sentimento de jornada coletiva, com uma mulher apoiando e entendendo a outra e, assim, sendo cada vez mais protagonista e dona de si.
Christianne Toledo, diretora de marketing da Marisa, em entrevista à Propmark, em 2021
De mulher pra mulher? Apesar do slogan, chamou a atenção da imprensa em 2022 que a marca passou a ter um conselho 100% masculino. À época, as duas mulheres que atuavam nesta função deixaram o quadro, fragilizando o conhecido slogan.
Membros da família Goldfarb seguem como acionistas controladores da Marisa. Entre os nomes, estão: Decio Goldfarb, Márcio Luiz Goldfarb e Denise Goldfarb Terpins.
O que aconteceu:
Entre março e abril deste ano, a Marisa fechou 25 lojas. Em maio, serão encerradas mais 33 unidades e, em junho, outros 33 estabelecimentos também fecharão as portas.
Em comunicado, a empresa justificou o fechamento das lojas ao fato de essas unidades serem "deficitárias por definição", além do processo de reestruturação da marca.
Com as medidas, a empresa avalia que terá um incremento de Ebitda de quase R$ 70 milhões por ano.
O plano de recuperação do grupo inclui ainda redução de despesas no total de R$ 52 milhões, sendo R$ 32 milhões de uma revisão interna, R$ 9 milhões de cargos de gestão e R$ 10,5 milhões de revisão de atividades.
No começo do ano, a Marisa já havia dado início ao processo de reestruturação, quando tinha uma dívida de cerca de R$ 600 milhões.
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