FMI prevê que Brasil deve se tornar a 9ª maior economia do mundo em 2023
O Brasil deve voltar ao ranking das dez maiores economias do mundo em 2023 e terminar o ano na 9ª posição, segundo as novas projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional). O Brasil saiu do top 10 em 2020 e, no ano passado, ficou na 11ª posição.
O que aconteceu
FMI elevou a projeção para o crescimento da economia brasileira em 2023. O fundo passou a prever uma alta de 3,1% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, ante previsão anterior de avanço de 2,1%.
Brasil deve subir duas posições no ranking das maiores economias. Em abril, o fundo projetava que o Brasil teria a 10ª maior economia do mundo em 2023, com PIB de US$ 1,920 trilhão em valores correntes. Em seu último relatório World Economic Outlook, divulgado na semana passada, o FMI passou a estimar o valor de US$ 2,126 trilhões para o PIB brasileiro no ano, acima do projetado para Canadá (US$ 2,117 trilhões) e Rússia (US$ 1,862 trilhão).
Confirmada as projeções, Brasil fechará o ano como a 9ª maior economia do mundo. Em setembro, o UOL publicou reportagem que indicava o retorno do Brasil ao top 10 com base em levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, que elabora um ranking atualizado das maiores economias do mundo, a partir das projeções do FMI para a economia mundial. O top 5 teria, pela ordem: Estados Unidos, China, Alemanha, Japão e Índia. Veja o gráfico abaixo:
A moeda brasileira está mais valorizada neste ano. O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, diz que a taxa de câmbio nominal do real, hoje na casa de R$ 4,99, apresenta valorização de 2,17%, enquanto o rublo russo despencou 12,9%. O dólar canadense teve valorização menor, de 1,2%. "O Brasil tem um ritmo de crescimento melhor do que esses países e também porque a sua moeda se valorizou mais", afirma o especialista.
O Fundo diz que o crescimento econômico do Brasil é mais forte que o esperado. No relatório, o FMI resume que o aumento é "impulsionado pela dinâmica e serviços resilientes no primeiro semestre de 2023".
Pelas projeções do FMI, Brasil pode retomar o posto de 8ª maior economia em 2026. Segundo as projeções da organização, o PIB do país ultrapassará o da Itália e chegará a US$ 2,476 trilhões. As indicações são de que o país se mantenha nessa posição até 2028. O país chegou a ter a sétima maior economia do mundo entre 2010 e 2014, entre as gestões Lula e Dilma
A recente decisão do Brasil de adotar um regime contínuo (em vez de ano-calendário) de inflação de 3% a partir de 2025 é um exemplo concreto de uma melhoria na eficácia operacional e na estratégia de comunicação, ajudando a reduzir a incerteza e a aumentar a eficácia da política monetária.
FMI, no relatório World Economic Outlook
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