Economistas veem inflação mais baixa neste ano e mantêm estimativa para juros
SÃO PAULO (Reuters) - O mercado voltou a reduzir as perspectivas para a inflação neste ano na pesquisa Focus do Banco Central, pela quarta semana seguida, em levantamento que ainda não deve ter refletido o anúncio do novo presidente da autoridade monetária.
A expectativa agora segundo o levantamento divulgado nesta segunda-feira (19) é de uma inflação de 4,13% em 2018, contra 4,23% estimados há uma semana. Para 2019, a projeção foi ajustada em 0,01 ponto percentual para baixo, a 4,20%.
O centro da meta oficial para este ano é de 4,5% e, para 2019, de 4,25%. A margem de tolerância para ambos os anos é de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
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O governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciou na quinta-feira passada (15), feriado de Proclamação da República, que o economista Roberto Campos Neto assumirá a presidência do BC no lugar de Ilan Goldfajn, e que Mansueto Almeida permanecerá no cargo de secretário do Tesouro Nacional. O Focus é fechado na sexta-feira.
A perspectiva para o dólar no levantamento permaneceu em R$ 3,70 para este ano e em R$ 3,76 para 2019. Já em relação à economia, não houve alterações nas contas de que o Produto Interno Bruto (PIB) deve apresentar crescimento respectivamente de 1,36% e de 2,5%.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que não mudou a perspectiva de que a Selic terminará este ano a 6,5% e 2019, a 8%. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, vê a taxa básica de juros a 6,5% e a 7,5% ao final de cada um desses anos.
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