Wall Street despenca após queda no yuan inflamar disputa comercial EUA-China
NOVA YORK, 5 Ago (Reuters) - Os principais índices acionários de Wall Street registraram suas maiores quedas percentuais do ano nesta segunda-feira, com a intensificação de temores de uma nova escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China, provocados por uma queda no yuan depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, prometer impor tarifas adicionais a bens chineses.
O índice Dow Jones cedeu 2,9%, para 25.717 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 2,98%, a 2.844 pontos. O Nasdaq Composto caiu 3,47%, para 7.726 pontos.
Embora as ações tenham recuperado perdas no final da sessão para encerrar o dia acima de suas mínimas, o S&P 500 recuou cerca de 3%, seu maior declínio percentual em um único dia desde 4 de dezembro. O índice caiu por seis sessões consecutivas, figurando agora cerca de 6% abaixo de seu fechamento em máxima recorde de 26 de julho.
O yuan enfraqueceu e rompeu o nível de 7 por dólar, mínima de 11 anos, após o banco central da China, com o aval de autoridades, estabelecer seu ponto médio diário no menor nível em oito meses.
No Twitter, Trump classificou a ação como uma "grande violação" e "manipulação monetária".
Muitos investidores viram o movimento no yuan como uma resposta direta ao anúncio de Trump de tarifas adicionais de 10% a US$ 300 bilhões em produtos chineses.
O yuan mais fraco e o dólar mais forte representam desafios às empresas norte-americanas que fazem negócios substanciais na China, pois elevam efetivamente os custos de seus produtos aos consumidores chineses.
Ações das empresas de tecnologia do S&P 500, que são amplamente expostas aos mercados chineses, recuaram 4,1%.
As ações da Apple fecharam em queda de 5,2%, com analistas alertando que as novas tarifas propostas podem afetar a demanda pelo iPhone.
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