Gasolina e diesel voltam a ter leve recuo nos postos, mostram dados da ANP
SÃO PAULO (Reuters) - Os preços médios da gasolina e do óleo diesel nos postos pelo Brasil tiveram leve redução na semana, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira, na terceira baixa consecutiva depois de uma longa sequência de aumentos.
A reversão de tendência acompanhou movimentos da Petrobras, que em 24 de março anunciou diminuições de cerca de 4% nos valores dos dois combustíveis em suas refinarias. Nesta sexta, a estatal, que domina o mercado de refino no país, informou novo corte no diesel, de cerca de 3,3% a partir de sábado.
Os preços para os consumidores finais nas bombas, no entanto, seguem elevados e perto de máximas tocadas recentemente, com a gasolina tendo encerrado a semana em média a 5,448 reais por litro, com leve recuo de 0,06% frente à semana anterior, segundo a ANP.
O diesel, combustível mais utilizado no Brasil, fechou com valor médio de 4,212 reais por litro, queda de 0,38%, ainda de acordo com a reguladora.
No etanol, a ANP registrou preço médio de 3,804 reais por litro, com recuo mais significativo, de quase 2% na semana.
Os preços nos postos não necessariamente acompanham reajustes nas refinarias, e dependem de uma série de fatores, incluindo impostos, mistura de biocombustíveis e margens de distribuição.
Apesar dos cortes recentes de cotações nas refinarias da Petrobras, o valor cobrado pela estatal no diesel ainda acumula alta de mais de 30% em 2021. A gasolina teve aumento de quase 41% no ano.
A Petrobras defende que suas cotações buscam a chamada paridade de importação e acompanham as variações do petróleo no mercado internacional e da taxa de câmbio. A empresa também disse nesta sexta-feira que sua política "evita o repasse imediato da volatilidade externa para os preços internos".
Apesar da recente reversão na trajetória de alta dos combustíveis, representantes do setor de distribuição alertaram para possíveis aumentos a partir do próximo mês.
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), que representa os postos no país, afirmou em nota que enviou ofício ao presidente Jair Bolsonaro manifestando preocupação sobre possíveis impactos que o preço do biodiesel terá na formação dos custos do diesel a partir de 1º de maio.
Também no início do próximo mês está previsto o retorno da cobrança de PIS/Cofins sobre o diesel, que foi suspensa temporariamente por Bolsonaro como forma de segurar os preços e acalmar protestos de caminhoneiros que ameaçaram realizar uma greve em fevereiro.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.