Barril de petróleo volta a superar US$ 100; temor é que oferta russa caia
Os preços do barril do petróleo dispararam nesta segunda-feira (28), quando aliados ocidentais impuseram mais sanções à Rússia e bloquearam alguns bancos russos do Swift, um sistema global de pagamentos, o que pode causar graves interrupções em suas exportações de petróleo.
Por volta das 15h15 (horário de Brasília), o barril de petróleo Brent subia 3,02%, a US$ 100,89, depois de ultrapassar os US$ 105 na abertura da sessão. Na semana passada, no primeiro dia de guerra entre Rússia e Ucrânia, o Brent também passou de US$ 100 — a primeira vez desde 2014.
No Brasil, a Petrobras informou que vai manter os seus preços atrelados aos do mercado internacional.
A Rússia está enfrentando graves interrupções em suas exportações de todas as commodities, de petróleo a grãos, depois que nações ocidentais impuseram duras sanções a Moscou e cortaram alguns bancos russos do sistema internacional de pagamentos Swift.
"A Rússia pode retaliar essas medidas duras reduzindo ou até suspendendo completamente os embarques de energia para a Europa", disse Fritsch.
O petróleo bruto russo responde por cerca de 10% da oferta global. O banco Goldman Sachs elevou sua previsão de preço do Brent de um mês para US$ 115 o barril, de US$ 95 anteriormente.
"Esperamos que o preço das commodities das quais a Rússia é um produtor-chave aumente a partir daqui — isso inclui o petróleo", disse o banco.
As negociações entre a Ucrânia e a Rússia começaram na fronteira bielorrussa, disse um assessor presidencial ucraniano, com o objetivo de concordar com um cessar-fogo imediato.
"Se houver algum progresso nesta reunião, veremos uma forte reversão nos mercados - veremos as ações subirem, o dólar subir e o petróleo cair", disse o analista da OANDA, Jeffrey Halley.
A petrolífera britânica BP BP.L decidiu sair de seus investimentos russos em petróleo e gás, abrindo uma nova frente na campanha do Ocidente para isolar a economia da Rússia. A BP é o maior investidor estrangeiro da Rússia.
As sanções e o êxodo de empresas petrolíferas ocidentais podem afetar a produção de petróleo russa no curto prazo, disseram analistas.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados liderados pela Rússia, grupo conhecido como Opep+, devem se reunir no dia 2 de março. Antes da reunião, a Opep+ revisou para baixo sua previsão para o superávit do mercado de petróleo para 2022 em cerca de 200.000 bpd para 1,1 milhão de bpd, ressaltando o aperto do mercado.
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