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O novo ministro da Agricultura e o desafio de superar antigos obstáculos

21/03/2014 11h11

A semana foi marcada pela confirmação do ex-secretário de Política Agrícola, Neri Geller, como novo ministro da Agricultura, em substituição a Antonio Andrade. Ao contrário do antigo titular, Geller tem apoio irrestrito do setor e sua nomeação foi comemorada pelas mais significativas entidades de representantes da classe.

Produtor de soja em Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, Geller sente na pele os principais problemas que o agronegócio nacional enfrenta e, ao menos nos seus discursos iniciais, deu sinais de que vai tentar, ao menos, amenizar os impactos negativos destes desafios.

O novo ministro já disse que reforçar o Plano Agrícola e Pecuário está em suas prioridades. Geller não precisa somente aumentar a disponibilidade de recursos, mas assegurar um seguro rural efetivo e melhorar também a política de garantia de preços mínimos.

Outro desafio do atual ministro é buscar junto ao Ministério da Fazenda um aumento considerável nos recursos a serem disponibilizados à Defesa Agropecuária. Investimentos em logística e infraestrutura e agilidade na liberação de eventos junto à Anvisa também devem encabeçar a lista de prioridades de Geller.

O ministro tem pela frente uma empreitada gigantesca. Precisa desatar uma série de nós que compromete a competitividade do agronegócio nacional. Para isso vai precisar recuperar a importância política do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Com Andrade, o Ministério viu sua relevância ser diminuída. A grande reclamação do setor era a estagnação da pasta. Pouco foi feito durante a gestão do antigo ministro. Qualquer representante do agronegócio, se for ouvido, não poupará críticas à antiga administração.

A indicação de Neri Geller, diante deste cenário, não poderia ter sido melhor recebida. A perspectiva é de que o ministério se reforce e que o ministro dê início aos processos necessários para desafogar o setor e garantir as condições necessárias para o país produzir e comercializar melhor.

Mas não há dúvidas de que os desafios são muitos e grandes. Ao menos, apoio ao novo ministro é o que não falta.