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Dólar sobe a R$ 2,281, maior valor em mais de 4 anos; Bovespa cai 1,3%

Do UOL, em São Paulo

30/07/2013 17h24Atualizada em 20/03/2014 20h38

Preocupados com a reunião do banco central norte-americano, que começou nesta terça-feira (30), os investidores estrangeiros retiraram recursos do mercado brasileiro. A menor oferta da moeda fez o dólar comercial fechar em alta de 0,45%, a R$ 2,281 na venda. 

É o maior valor desde o dia 1º de abril de 2009, quando a moeda valia os mesmos R$ 2,281.

Bovespa fechou em queda. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, perdeu 1,32%, aos 48.561,78 pontos. É a maior queda percentual diária desde o dia 12 de julho (quando a Bovespa perdeu 2,34%).

Preocupação com EUA causa alta do dólar

Investidores temem que o banco central dos Estados Unidos sinalize uma possível redução em seu programa de estímulo à economia, que tem garantido o volume de negócios nos mercados internacionais.

A preocupação dos investidores quanto à continuidade deste estímulo (que injeta US$ 85 bilhões na economia todos os meses) fez com que eles tirassem aplicações de países considerados pouco seguros, como o Brasil.

Itaú e Santander fecham em alta após balanços

A maior alta do dia foi da operadora de cartões Cielo (CIEL3), que fechou com ganhos de 1,76%, a R$ 55,64. Em seguida, apareceu a ação do Santander (SANB11), que subiu 1,24%, a R$ 13,87; o banco divulgou, mais cedo, uma alta nos lucros no segundo trimestre.

A ação da BR Foods (BRFS3) também subiu 1,24%, para R$ 49,15; o papel do Banco do Brasil (BBAS3) avançou 1,1%, a R$ 22,94, e a Ambev (AMBV4) ganhou 0,93%, a R$ 82,10.

O Itaú (ITUB4), que divulgou lucro de R$ 3,583 bilhões no segundo trimestre, e teve o segundo maior lucro da história dos bancos no semestre, fechou em alta de 0,79%, a R$ 29,22.

Na ponta oposta, a ação ordinária da Oi (OIBR3), que dá direito a voto, teve a maior baixa, recuando 6,25%, a R$ 4,50, empatada com a ação ordinária da Usiminas (USIM3), que também perdeu 6,25%, a R$ 9. A CSN (CSNA3) recuou 5,92%, a R$ 6,67. 

A Souza Cruz (CRUZ3) perdeu 4,8%, a R$ 26,80, depois de ter divulgado uma queda nas receitas e nas vendas de cigarro no segundo trimestre.

Bolsas internacionais

Os principais índices do mercado dos Estados Unidos fecharam praticamente estáveis; a Nasdaq subiu impulsionada pela alta de ações de tecnologia e resultados positivos de empresas.

O índice Dow Jones fechou praticamente estável, com leve queda de 0,01%, a 15.520 pontos. O Standard & Poor's também ficou quase estável, com leve alta de 0,04%, a 1.685 pontos. A Nasdaq teve ganhos de 0,48%, a 3.616 pontos.

As ações europeias fecharam em leve alta após um conjunto de resultados positivos de grandes empresas, o que ofuscou as preocupações sobre o setor bancário.

O índice FTSEurofirst 300 fechou praticamente estável, com leve alta de 0,01%, a 1.206 pontos. Os ganhos foram limitados e os volumes totais de negociação foram reduzidos.

Alguns investidores não atuaram, por causa da expectativa do anúncio na quarta-feira da decisão de política do Federal Reserve, banco central norte-americano, que deve esclarecer a perspectiva sobre a redução do programa de estímulo.

As ações asiáticas subiram, depois que o banco central da China injetou fundos nos mercados pela primeira vez desde fevereiro.

O banco central da China injetou fundos nos mercados monetários através de operações de mercado aberto, o que deixou os investidores aliviados.

O índice acionário de Xangai subiu 0,7%, enquanto o de Hong Kong avançou 0,48%. A Bolsa do Japão saltou 1,53%; Seul ganhou 0,9%, e Taiwan, 0,98%.

O mercado em Cingapura fechou com ganhos de 0,26%, e a Bolsa australiana fechou praticamente estável, com leve alta de 0,02%.

(Com Reuters)