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Fast food saudável vende estrogonofe com banana; franquia custa R$ 98 mil

Márcia Rodrigues

Colaboração para o UOL, em São Paulo

14/01/2016 06h00

Depois de trabalhar 12 anos no ramo de alimentação, a administradora de empresas Camila Miglhorini, 32, resolveu abrir o próprio restaurante, o Mr. Fit Fast Food, com um cardápio de comida saudável. Entre suas especialidades, estão estrogonofe com biomassa de banana verde em vez de creme de leite e omelete com suplemento de proteína.
 
Dois anos e meio depois da inauguração, a empresa é uma rede de franquias com 39 lojas e fatura R$ 1,85 milhão por ano. O lucro corresponde a 40% desse total, ou seja, cerca de R$ 740 mil. Apenas a unidade de Paulínia (117 km a noroeste de São Paulo), a primeira da rede, é própria. Há mais 20 franquias em processo de implantação.

O investimento inicial para uma unidade da Mr. Fit Fast Food é a partir de R$ 98 mil (inclui custo de instalação, taxa de franquia e capital de giro). O faturamento médio mensal varia de R$ 30 mil a R$ 80 mil. O lucro médio é de R$ 12 mil a R$ 32 mil. O retorno do investimento se dá entre 10 e 36 meses, segundo a empresa.

"Há muitas lojas em maturação, que ainda não atingiram o faturamento máximo. Das 39 unidades em funcionamento, 15 foram inauguradas entre outubro e dezembro do ano passado", diz Miglhorini.

Pratos de R$ 14,90 a R$ 23,90

Segundo a empresária, seu diferencial é o cardápio de comida saudável a baixo custo. O prato mais barato, de arroz integral com estrogonofe de carne ou frango feito com biomassa de banana verde, custa R$ 14,90. O mais caro, salmão grelhado com arroz (integral ou branco), salada e mais dois acompanhamentos, sai por R$ 23,90.

"A biomassa é mais nutritiva e saudável e substitui o creme de leite sem alterar o sabor do prato. Também oferecemos sucos naturais e açaí, muito procurados nas unidades próximas às academias de ginástica", declara.

O carro-chefe é um combo de R$ 19,90, que incluiu suco e sobremesa (salada de fruta ou banana com canela). O prato tem carne, frango, hambúrguer de soja ou peixe regional e carboidrato (arroz ou macarrão). Há, ainda, a omelete feita com clara de ovo e whey protein, que custa de R$ 9,90 a R$ 16,99, dependendo do Estado.

A ideia de negócio surgiu enquanto ela trabalhava com consultoria e expansão de redes de alimentação. "Percebi que havia pouca oferta de comida saudável. Resolvi vender o meu carro, avaliado em R$ 40 mil na época, e investir neste filão", diz.

A expansão teve início em Belo Horizonte (MG), um ano depois da abertura da primeira unidade. "Eu tinha contatos lá da época em que trabalhava com outras franquias. No primeiro contrato, vendi dez franquias de uma vez para a mesma pessoa", declara.

Comida saudável não é novidade

De acordo com Marina Dalul, da Cherto Consultoria, o mercado de comida saudável vem crescendo. "As pessoas estão começando a se conscientizar sobre a importância de comer bem, mas ainda há um público em potencial para se conquistar."

No entanto, ela afirma que há muita oferta disponível. "Quem quiser ter sucesso nesse nicho precisa investir em diferencial ou em bom preço. Comida saudável não é novidade, inclusive, na área de fast food. Até mesmo biomassa e whey protein já não são mais novidade."

Ela cita como exemplo as redes de fast food Seletti e DNA Natural, que também têm preços competitivos, e as lojas de produtos saudáveis como Empório Döll e  Mundo Verde. "Elas estão no mercado, no mínimo, desde 2007, e já conquistaram uma boa clientela. Quem chegou depois precisa apresentar algo novo."

Onde encontrar:

www.mrfit.com.br

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