Quais os melhores investimentos para ter renda de R$ 5.000 por mês?
Você sabe onde deveria investir para ter uma renda de R$ 5.000 por mês?
Na coluna de hoje eu mostro quanto dinheiro você deveria aplicar para receber esse valor na sua conta bancária, comparando investimentos de baixo, médio e alto risco.
Baixo risco
Se você não quiser correr riscos, precisa ter um total de R$ 1,5 milhão para receber um rendimento médio de R$ 5.000 por mês, já descontando a inflação e o Imposto de Renda.
O investimento usado na simulação foi o título do Tesouro Direto chamado Tesouro IPCA 2055. Esse papel paga juros semestralmente. Com um total de R$ 1,5 milhão aplicado, a tendência é receber cerca de R$ 60 mil por ano, o que dá uma média de R$ 5.000 por mês, já descontado o IR e a inflação.
É possível que você já tenha visto simulações indicando que seria preciso ter bem menos dinheiro para gerar essa renda sem correr riscos. Bastariam cerca de R$ 700 mil.
O problema é que, em geral, as pessoas se esquecem de descontar a inflação. Com R$ 700 mil aplicados em renda fixa, é possível obter um rendimento médio de R$ 5.000 por mês, dos quais, no entanto, cerca de metade (R$ 2.500 por mês) é apenas a correção da inflação.
No caso, considerei uma inflação de 3,5% ao ano, que é a previsão de analistas consultados pelo Banco Central para longo prazo.
Risco médio
Para obter uma rentabilidade maior, é possível aplicar em fundos de investimento imobiliário (FIIs), que hoje têm rendido acima de 8% ao ano.
Com isso, seria necessário ter cerca de R$ 750 mil nesses ativos para obter uma renda mensal de R$ 5.000. Os rendimentos de FIIs, atualmente, são isentos de Imposto de Renda.
Aqui, o importante é saber que existem riscos. Se um fundo hoje está pagando 8% ao ano, nada garante que continuará assim a longo prazo. Essa porcentagem pode tanto aumentar quanto diminuir. Em casos extremos e raros, pode chegar a zero.
No entanto, o risco não precisa ser algo que impeça você de investir. Em vez disso, o melhor é saber como mitigá-lo.
Uma forma clássica de mitigar o risco é dividir o seu investimento em diversos fundos imobiliários. Um patrimônio de R$ 750 mil poderia ser tranquilamente distribuído entre sete FIIs diferentes. Dessa forma, se um deles tiver problema e reduzir muito o rendimento, a queda representará uma parte pequena da sua renda total.
Outro ponto relevante para reduzir os riscos é escolher bem os fundos. FIIs que tenham apenas um imóvel acabam representando um risco muito grande. O ideal é buscar aqueles que possuem diversos imóveis.
Alto risco
Para quem está disposto a correr riscos, é possível obter, hoje, uma renda média de R$ 5.000 por mês com um patrimônio de R$ 600 mil, aproximadamente, em ações de empresas que pagam dividendos.
Nesse cálculo, considerei cinco ações que estão hoje com um retorno em dividendos relativamente alto:
- Gerdau (GGBR3): 14,31%
- Bradespar (BRAP4): 12,87%
- Taesa (TAEE11): 10,77%
- Banco do Brasil (BBAS3): 9,29%
- Santander (SANB11): 7,26%
Um investimento de R$ 580 mil dividido nessas cinco empresas pode dar um retorno de R$ 60 mil nos próximos 12 meses, desde que essas companhias continuem distribuindo dividendos no mesmo ritmo do último ano.
No entanto, assim como nos FIIs, no mercado de ações existem riscos, e são maiores. As chances de que um determinada empresa reduza drasticamente, ou mesmo suspenda, a distribuição de dividendos são bem mais elevadas. Por isso, no caso do mercado de ações, a diversificação deve ser feita com muito cuidado, de preferência com ajuda de um especialista.
Alguma dúvida?
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