Josette Goulart

Josette Goulart

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Reportagem

Dá para viver de renda com R$ 100 mil? Veja quanto rende por mês

É possível viver de renda se você tem R$ 100 mil para investir? Na coluna de hoje eu trago cálculos mostrando quanto esse valor tende a render aplicado em investimentos de baixo, médio e alto risco.

Risco baixo: de R$ 300 a R$ 500 por mês, aproximadamente

Investindo R$ 100 mil em títulos do Tesouro Direto, os investimentos mais seguros do país, é possível ter uma renda entre R$ 300 e R$ 500 por mês, aproximadamente, já descontando a inflação e o Imposto de Renda.

No Tesouro Prefixado 2033, o rendimento seria de 9,9% ao ano, descontando o IR, o que daria um ganho de R$ 793 por mês.

Mas, se o objetivo é viver de renda, você não pode gastar tudo o que ganhar com juros, pois isso faria a inflação corroer o valor principal. A quantia aplicada precisa ser corrigida pela inflação.

Sendo assim, se considerarmos uma inflação de 4% ao ano, o que você poderia retirar dos rendimentos do Tesouro Prefixado seria R$ 464 por mês. No Tesouro IPCA 2055, você poderia fazer retiradas de R$ 366 por mês, e no Tesouro Selic, de R$ 532. Nesses três exemplos utilizei os títulos que pagam juros semestrais, de forma que você possa receber a quantia na sua conta-corrente, facilitando a vida de quem quer viver dos rendimentos.

É importante saber, também, que esses títulos pagam juros uma vez por semestre, não por mês. Por isso, quando eu falo em retiradas de R$ 532 por mês, por exemplo, estou falando de uma média. Na verdade, a sua retirada seria de R$ 3.192 por semestre.

Risco médio: de R$ 600 a R$ 700 por mês, aproximadamente

Aplicando os R$ 100 mil em fundos de investimento imobiliário (FIIs), é possível obter uma renda mensal entre R$ 600 e R$ 700, aproximadamente.

No BTLG11, um dos fundos de logística mais recomendados por analistas atualmente, e que por sinal, eu tenho na minha carteira, o retorno tende a ser de R$ 728 por mês, já livre de Imposto de Renda.

Continua após a publicidade

No caso de fundos imobiliários, não precisamos descontar a inflação no cálculo, pois os rendimentos, a longo prazo, tendem a sofrer correção monetária.

No fundo de shoppings centers VISC11, o rendimento tende a ser de R$ 707 por mês, e no PVBI11, de lajes corporativas (prédios de escritório), o retorno seria de R$ 605 mensais.

Todos esses rendimentos não são garantidos, ainda mais que estamos falando de ativos de renda variável, ou seja, eles contêm riscos. Você só terá esses rendimentos se esses fundos continuarem distribuindo proventos no mesmo ritmo dos últimos 12 meses.

Risco alto: de R$ 300 a R$ 800 por mês, aproximadamente

Em dividendos de ações, um investimento de R$ 100 mil daria um rendimento entre R$ 300 e R$ 800 por mês, aproximadamente.

Nos papéis do Banco do Brasil (BBAS3), o retorno ficaria em R$ 759 por mês, caso o banco continue distribuindo dividendos no mesmo ritmo dos últimos 12 meses.

Continua após a publicidade

Já nos papéis da Copel (CPLE6), o retorno seria de R$ 671 por mês, e nos da B3 (B3SA3), de apenas R$ 295 por mês.

Aqui vale a mesmo observação que fiz sobre os fundos imobiliários: esses rendimentos só ocorrerão se essas empresas mantiverem o ritmo atual de remuneração dos investidores. Veja que, entre as ações, existe uma diferença muito grande entre as que rendem mais dividendos e as que rendem menos. Citei apenas três exemplos, mas você facilmente encontrará companhias que pagam menos do que a B3 ou que não pagam nada em dividendos.

Mas saiba que, se a empresa está pagando pouco hoje, não quer dizer que não seja boa. O retorno em dividendos pode ter sido reduzido por questões momentâneas.

Ao investir em uma ação, deve-se ter em mente que os dividendos podem tanto aumentar quanto diminuir. Por isso é importante acompanhar as análises de profissionais.

Alguma dúvida?

Tendo alguma dúvida sobre investimentos, me siga no Instagram e envie uma mensagem por lá. Sua pergunta poderá ser respondida em breve nesta coluna.

Continua após a publicidade

Aulão: De endividado a investidor: como sair das dívidas e ter mais dinheiro

Dívidas são um dos principais obstáculos para quem quer organizar sua vida financeira. Pensando nisso, o UOL preparou um aulão para quem quer se livrar das dívidas para sempre e ter mais dinheiro para investir e realizar seus sonhos.

Qual a melhor estratégia para se livrar das dívidas? Dá para começar a investir mesmo endividado? E qual é o melhor investimento para iniciantes? Todas essas perguntas serão respondidas em uma série de três lives.

A primeira live sobre o tema já saiu. Veja aqui o passo a passo para se livrar das dívidas.

Assista ao aulão no Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL, todas as quintas-feiras, das 16h às 16h40. Assine aqui e participe!

A última série do Papo com Especialista foi sobre Como investir para se aposentar sem depender do INSS. Para saber mais, acesse este link .

Continua após a publicidade

Quer investir melhor? Receba dicas no seu email

Você quer aprender a ganhar dinheiro com segurança em investimentos no curto, médio e longo prazo, mesmo que nunca tenha investido? O UOL tem uma newsletter diária gratuita que o ajuda nesse objetivo. Assine o Por Dentro da Bolsa aqui. Você recebe todos os dias, antes da abertura da Bolsa, uma análise do mercado feita pela equipe do PagBank Investimentos para aprender a investir melhor.

Você também recebe, semanalmente, uma análise sobre investimentos, com dicas sobre como aplicar melhor o seu dinheiro. Para assinar a newsletter gratuita de investimentos do UOL, é só clicar aqui. UOL Investimentos ainda tem diversos conteúdos diários que te ajudam a lidar melhor com seu dinheiro.

Tem dúvidas sobre ações, fundos e outros investimentos da Bolsa? Envie sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.