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Como investir seu dinheiro correndo o menor risco possível?

Ao contrário do que muita gente pensa, a poupança não é o investimento mais seguro do país. As aplicações menos arriscadas de todas para as pessoas físicas são os títulos do chamado Tesouro Direto.

No entanto, mesmo no Tesouro existe a possibilidade de você perder dinheiro se não souber usá-lo. Abaixo eu explico quais são os três principais títulos do Tesouro e como reduzir o seu risco a praticamente zero.

Tesouro Selic, o título mais seguro

O Tesouro Direto é um sistema por meio do qual você empresta dinheiro para o governo. Em troca, o governo lhe paga juros. Dentro do Tesouro Direto, existem diversos títulos, ou seja, diversas formas de você emprestar dinheiro ao governo. Uma dessas formas é o título chamado Tesouro Selic.

O Tesouro Selic é o título mais conservador de todos do Tesouro Direto (e, portanto, o investimento mais conservador do Brasil), pois ele permite que você resgate o seu dinheiro a qualquer momento com risco praticamente nulo de prejuízo. E ainda por cima rende mais do que a poupança.

Tesouro Prefixado, o investimento mais previsível

Se o Tesouro Selic é o investimento mais seguro, o chamado Tesouro Prefixado é o mais previsível do país.

Talvez você se pergunte: "Como pode um ser o mais seguro e outro ser o mais previsível? Se é o mais previsível, naturalmente é o que dá mais segurança ao investidor, não?" Não.

O Tesouro Selic é o mais seguro por aquele motivo citado: permite que você resgate a qualquer momento, quase sem risco de prejuízo. No entanto, o mesmo Tesouro Selic não é tão previsível, pois ele acompanha a rentabilidade da taxa básica de juros, a Selic - que, por sua vez, pode variar e não é previsível.

Quando o Banco Central reduz a taxa Selic, o rendimento do Tesouro Selic cai. Mas veja, nesse caso você não perde dinheiro, apenas passa a ganhar menos. Por exemplo, hoje o Tesouro Selic está com um rendimento bruto de, aproximadamente, 11,75% ao ano. Há um ano, rendia ao ritmo de 13,75% ao ano. Quem aplicou nesse título há 12 meses não tinha como prever essa redução de rentabilidade.

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Já o Tesouro Prefixado é totalmente previsível. Por exemplo, o Tesouro Prefixado com data de vencimento em janeiro de 2026 rende 9,65% ao ano. Se você investir nesse papel e aguardar até o vencimento, ganhará, necessariamente, juros de 9,65% ao ano, menos o Imposto de Renda.

Ainda você poderia perguntar: "Mas então por que esse título não é considerado o mais seguro, se ele traz uma previsibilidade tão precisa?". Na verdade, ele é extremamente seguro, mas só se você aguardar até a data de vencimento. Caso você precise resgatar o dinheiro antes, corre o risco de ter prejuízo. Esse risco existe porque resgatar antes do vencimento significa vender o título pelo preço que algum comprador esteja disposto a pagar no momento, o que pode variar conforme a conjuntura. Isso acontece não só com os títulos do Tesouro, mas com vários investimentos na renda fixa também.

Tesouro IPCA, seu dinheiro acima da inflação

O Tesouro IPCA é um outro título do Tesouro Direto. Ele rende a inflação e mais uma taxa de juros. Por exemplo, hoje existe no sistema do Tesouro Direto um título do Tesouro IPCA com vencimento em 2029. Esse papel paga o IPCA (índice oficial de inflação) mais 5,18% ao ano.

Isso quer dizer que, se você investir nesse título, receberá, na data de vencimento, um rendimento de 5,18% ao ano mais a correção inflacionária do período (menos o IR).

Porém, o Tesouro IPCA tem o mesmo problema que o Prefixado: se você resgatar antes do vencimento, pode ter prejuízo.

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Resumindo

Resumindo, então, o Tesouro Direto é o investimento mais seguro do país. Porém, dois dos seus títulos só são completamente seguros se você não resgatar antes do vencimento, o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA. Já o Tesouro Selic é aquele que pode ser resgatado a qualquer momento, mesmo antes do vencimento, com chances praticamente nulas de prejuízo.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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