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Dá para juntar R$ 50 mil investindo apenas R$ 200 por mês? Sim, veja como

O investidor que deseja juntar R$ 50 mil, separando apenas R$ 200 todo mês, tem algumas alternativas. É possível investir na poupança, no Tesouro Selic ou mesmo na renda variável, com a compra de ações, por exemplo. O que vai mudar é o risco e o tempo para alcançar esse valor.

Comece aos poucos. "Para o investidor iniciante, o ideal é começar a construir o patrimônio com as opções da poupança ou Tesouro Selic. Conforme o aumento do patrimônio, é possível buscar diversificar os investimentos, o que vai depender do seu perfil de investidor e dos planos de vida", afirma a planejadora financeira pela Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro), Eliane Tanabe.

Veja quanto tempo você demora para juntar R$ 50 mil com R$ 200 mensais. A simulação foi feita pedido do UOL por Carlos Castro, planejador financeiro pela Planejar. As contas levam em conta as estimativas do boletim Focus para a inflação, que é de 4,90%, para 2023, 3,90%, para 2024, e 3,50%, para 2025 e 2026. Além disso, o cálculo considera também traz previsões para a Selic em 2023 (11,75%), (2024 (9%), 2025 (8,50%) e 2026 (8,50%).

Poupança: R$ 50 mil em 16 anos

Investidor levaria pouco mais de 16 anos para alcançar o objetivo. São necessários exatos 197 meses com aportes de R$ 200 por mês. No final, ele teria o valor nominal de R$ 94.022, para comprar o mesmo que R$ 50 mil compra atualmente.

Caderneta é mais estável. Investimento mais usado pela maioria dos brasileiros, a poupança oscila pouco e depende do patamar da taxa básica de juros. Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o seu retorno é de 0,5% mais TR. Quando os juros estão abaixo de 8,5% a.a., paga 70% da Selic mais TR. E a pessoa só recebe o rendimento na data de aniversário, após um mês do depósito na conta.

Mas é a opção menos rentável. Ao longo dos próximos três anos e meio, o retorno da caderneta seria de 2,86% ao ano ou de 0,24% ao mês, cerca de 66% do CDI, sendo bem menos atrativa em comparação a outras opções.

Tesouro Selic: R$ 50 mil em 15 anos

O Tesouro Direto rende mais e é mais seguro. Com R$ 200 mensais, o tempo estimado para chegar lá é de 179 meses, quase 15 anos completos. Até lá, o investidor teria R$ 88.920, montante que mantém o poder de compra dos R$ 50 mil ao longo do tempo.

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Ganho maior do que a poupança. Na aplicação, o juro real anual até o fim de 2026 é estimado em 4,33% ou 0,35% ao mês, com o retorno de 100% do CDI. Esse é o rendimento acima da inflação.

Investimento está atrelado à Selic. Além da taxa básica de juros, essa opção do Tesouro Direto tem o retorno composto por uma taxa fixa no momento da contratação. Quando a Selic sobe, a remuneração desse título também sobe e ajuda o usuário a se proteger da inflação. Momento é de queda da Selic, mas ainda terá retorno acima da inflação acima da poupança.

Renda variável: R$ 50 mil em 12 anos

Renda variável é o caminho mais curto. Com a compra e venda de ações ou de fundos de investimentos que investem em empresas, a pessoa pode chegar nos R$ 50 mil em 12 anos ou 145 meses, sendo o menor tempo entre as opções listadas. Educador considerou a média do rendimento do Ibovespa nos últimos 10 anos para fazer a conta.

Valor final é menor do que na poupança e no Tesouro Direto. Isso porque o tempo para alcançar a meta na renda variável também é menor. Com R$ 200 por mês, o investidor teria R$ 79.739 ao final dos 12 anos, com os recursos atualizados pela inflação.

Retorno de 200% do CDI. Dessa forma, o juro real também é mais elevado, sendo 8,65% ao ano ou 0,69% ao mês.

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Ganho não é único ponto a ser considerado. Na renda variável, como o próprio nome diz, o desempenho depende dos resultados das empresas e fundos investidos. Por isso, ter uma parcela maior do patrimônio aplicado neste tipo de investimento significa correr mais riscos. E isso deve estar atrelado com o perfil de cada investidor.

Carteira diversificada: R$ 50 mil em 14 anos

Principal dica é diversificar os investimentos. Isso ajuda a evitar perdas excessivas. Caso um ativo investido não traga o retorno esperado, outro que integra a carteira pode compensar com uma boa performance.

Investidor levaria pouco menos de 14 anos. São 167 meses. Não é o cenário mais rápido, mas o mais indicado para equilibrar risco e retorno. Ao final do período, o valor seria de R$ 85.469.

Carteira concentrada na renda fixa. Cerca de 35% do dinheiro nessa carteira diversificada está aplicado em uma renda fixa pós-fixada (atrelada à Selic). Já a renda fixa corrigida pela inflação corresponde a 20% de todo o dinheiro.

Há outras modalidades na carteira. Os fundos de multimercado têm 20%, enquanto os investimentos alternativos, como os fundos de participações, 12,5%. A renda variável, incluindo ações, fundos de índices (ETFs) e BDRs, também surge com 12,5%.

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O mais importante ao investir é não aplicar unicamente em um produto, como na poupança, Selic ou na renda variável. O investidor deve investir um percentual em diferentes produtos, de acordo com o seu perfil de risco.
Carlos Castro, planejador financeiro pela Planejar

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