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Guerra entre Israel e Hamas: entenda os impactos nos mercados e no petróleo

Logo na abertura do pregão desta segunda-feira (9), as ações de empresas de petróleo da Bolsa de Valores de São Paulo já estavam entre as mais negociadas, com altas de até 5%. O conflito entre Israel e o Hamas fez o preço do óleo subir. Mas ainda há incertezas sobre qual será o tamanho e a duração da guerra - e qual será o impacto total nos mercados.

Por volta das 13h20, o dólar estava em leve alta de 0,04%, cotado a R$ 5,165, e a Bolsa estava em queda de 0,32%, a 113.798,91 pontos. Acompanhe os mercados em tempo real aqui.

O que está acontecendo com o petróleo

O ataque a Israel feito pelo Hamas (um grupo extremista islâmico que atua na Faixa de Gaza e a Cisjordânia) faz o preço do petróleo disparar. "Isso por conta da provável participação do Irã no conflito", diz Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama. O Irã é o oitavo maior produtor de petróleo do mundo e ajudou a planejar o ataque surpresa do Hamas no sábado (7) a Israel, segundo o jornal americano Wall Street Journal (WSJ).

Se essa participação for confirmada, outros países podem fazer sanções econômicas ao país. E é isso que faria o preço do petróleo subir ainda mais, segundo Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

A expectativa é que o preço do petróleo chegue em breve a US$ 100. Nesta manhã, o preço internacional do barril tipo Brent já estava em alta de 3,45%. O valor passou de US$ 84,58 para US$ 87,50.

Alta ainda é tímida, porque faltam informações. "Esta é a primeira reação ao conflito, e talvez os investidores estejam ainda sem muitas informações sobre a extensão da guerra na região", diz o economista André Perfeito. Ele acredita que o impacto nos mercados pode ser maior quando ficar mais claro quais países irão se envolver na guerra.

Dólar também se abala. Com um combustível mais caro, a expectativa é que a inflação norte-americana também suba. Com isso, o Fed, banco central americano, pode aumentar os juros ainda mais para tentar conter a inflação. "O petróleo sobe, levando consigo o juro, a medida que o dólar se fortalece, bem como minerais raros", diz Étore Sanchez, da Ativa Investimentos.

E os juros dos EUA são o principal fator que levam o dólar a subir no Brasil. O dólar está em leve alta hoje, de 0,17%, cotado a R$ 5,171 por volta das 12h.

Quais ações sobem com a alta do combustível

Com isso, as ações das empresas privadas de petróleo estão entre as maiores altas. PetroReconcavo (RECV3) tem valorização de 5,44%, para R$ 20,35. PetroRio (PRIO3) tem alta de 5,07%, para R$ 46,80. 3R Petroleum (RRRP3) avança 4,89%, para R$ 29,84.

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As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) também sobem. PETR3 avança 3,71%para R$ 37,72, e PETR4 tem aumento de 3,4%, para R$ 34,65.O aumento do preço do petróleo faz o lucro dessas empresas subir.

Para o mercado, a alta do petróleo faz aumentar a pressão do governo para que a estatal contenha o aumento. Tanto que presidente-executivo da companhia, Jean Paul Prates já se pronunciou sobre o tema. Segundo disse nesta segunda-feira, a atual política de preços deverá mitigar um provável aumento dos valores do petróleo e variações especulativas em razão da guerra entre Israel e o Hamas. O conflito, disse, Prates, "vai mostrar como está dando certo a política atual de preços da Petrobras". Para ele, a nova regra deve mitigar a alta do barril.

A alta do petróleo vai continuar?

Depende de como o conflito irá se desenrolar, e do envolvimento do Irã no caso. "Acredito que o preço deve ir voltando ao normal porque esse conflito é histórico, ocorre há muito tempo e pode ser momentâneo", diz Gabriel Meira, economista e sócio da Valor Investimentos. Alan Martins, analista da Nova Futura Investimentos, concorda com isso. "Tudo vai depender de por quanto tempo o conflito vai durar", diz ele.

Além disso, os feriados ajudam a conter os preços. No Brasil, na quinta-feira (12) é feriado nacional. Nos Estados Unidos, é feriado nesta segunda-feira, Dia de Cristóvão Colombo.

A Bolsa, nos próximos dias, pode cair. "Acreditamos que os investidores deverão estender o sentimento de risco para outras ações nos próximos dias por conta dos feriado hoje nos EUA", diz Pedro Neves Ribeiro, analista de Investimentos na gestora de patrimônio Aware Investments.

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