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Investimento de luxo: mercado de vinhos é dominado por Bordeaux

Felipe Amorim

Do UOL, em São Paulo

18/02/2013 06h00

O mercado de vinhos finos é dominado pelos rótulos da região francesa de Bordeaux. Na composição do Liv-ex 100, índice que é referência mundial nesse mercado e agrupa a cotação das cem garrafas mais negociadas, apenas 11 rótulos não são da região francesa.

Uma caixa com 12 garrafas de Bordeux chega a custar de 800 euros a 60 mil euros, segundo um investidor consultado pelo UOL. O Liv-ex 100 teve uma valorização de 26,1% nos últimos cinco anos (até dezembro de 2012).

A valorização é maior, de 39,2% no mesmo período, quando medida pelo Liv-ex Fine Wine Investable Index, índice que busca espelhar o portfólio médio dos investidores ao agrupar a cotação de cerca de 200 garrafas dos 24 melhores produtores de Bordeaux.

No mesmo período, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de São Paulo, teve uma valorização de 62,32%.

O paladar do investidor brasileiro, no entanto, não é tão bem recompensado. Diferentemente de fundos estrangeiros, por aqui o investidor não pode resgatar suas cotas em garrafas.

As garrafas administradas pelo fundo brasileiro Bordeaux Wine Fund, por exemplo, ficam custodiadas num armazém especializado na cidade francesa de mesmo nome da região vinícola, e o resgate das cotas é feito apenas em dinheiro, sem taxa de saída da aplicação após o quinto ano de investimento.

Por investirem em vinhos compradas fora do país, os fundos brasileiros desse tipo são classificados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) como um fundo de investimento offshore, que aplica em recursos no exterior.

É esse enquadramento legal que faz com que a aplicação inicial tenha que ser de R$ 1 milhão, valor exigido pela CVM a todos os investidores em fundos offshore.