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EUA revisam queda do PIB para 2,9% no 1º tri, pior resultado em 5 anos

Do UOL, em São Paulo

25/06/2014 09h47Atualizada em 25/06/2014 11h21

A economia dos Estados Unidos encolheu 2,9% no primeiro trimestre, e não 1% como tinha sido estimado anteriormente. A revisão dos dados foi divulgada nesta quarta-feira (25) pelo Departamento de Comércio norte-americano. É o pior resultado em cinco anos, desde o início da crise econômica mundial, segundo a agência de notícias Reuters

Fortes revisões em números do PIB não são incomuns, pois o governo não tem dados completos quando faz suas estimativas preliminares. No entanto, essa é a maior revisão já registrada desde 1976, de acordo com o Departamento de Comércio dos EUA.

Da primeira estimativa, divulgada em abril, para a terceira houve uma revisão para baixo de 3 pontos percentuais. 

Casa Branca: recuperação ainda está em andamento

A Casa Branca declarou que essa revisão mostra que a recuperação da recessão ainda está em andamento, mas salientou que outros indicadores para abril e maio sugerem uma recuperação no segundo trimestre.

"A recuperação da grande recessão, no entanto, permanece incompleta, e o presidente continuará a fazer tudo que puder para sustentar a recuperação, seja agindo através de medidas executivas ou ao trabalhar com o Congresso em medidas que impulsionem o crescimento e acelerem a criação de empregos", disse Jason Furman, presidente do Conselho de Consultores Econômicos, em comunicado.

Além do clima

Embora as dificuldades da economia tenham sido atribuídas, em grande parte, a um inverno mais rigoroso que o normal, a magnitude das revisões sugerem outros fatores além do clima.

As mais recentes revisões refletem um ritmo mais fraco de gastos em saúde do que se presumia anteriormente, o que causou uma redução na estimativa de gastos de consumidores. 

Os gastos de consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, cresceram a uma taxa de 1%, enquanto o número divulgado anteriormente era de uma expansão de 3,1%.

O comércio também pesou mais sobre a economia do que se pensava antes. As exportações recuaram 8,9%, ao invés da estimativa anterior de 6%, resultando em um déficit comercial que cortou 1,53 ponto percentual do PIB.

Apesar do número negativo, há indícios de que a economia esteja se recuperando desde o 1º trimestre, segundo o departamento.

(Com Reuters)