Você pode ajudar aquele colega tímido e ainda melhorar a imagem no trabalho
Os tímidos sofrem nos ambientes que frequentam. Nas reuniões da empresa, nos encontros familiares, no relacionamento social. De maneira geral, acomodam-se num canto e permanecem ali até que terminem a conversa. Passam despercebidos como Mr. Cellophane, o personagem do musical Chicago, que fez tanto sucesso na Broadway.
Sua postura habitual é ficar com os braços cruzados, pés entrelaçados e puxados para baixo da cadeira, olhos fixos em um ponto distante. Mesmo quando conhecem o assunto discutido, não tomam a iniciativa de se manifestar. Na verdade, gostariam de estar distante daquele local.
Quando saem da reunião, se por um lado se sentem aliviados por ficarem longe do ambiente que lhes provocava tanto desconforto, por outro experimentam também um profundo sentimento de frustração, já que têm consciência de que aquele comportamento retraído em nada contribui para a projeção da sua imagem.
Você poderá ajudá-los a superar esses momentos tão difíceis. Ao perceber que alguém se encontra nessa condição fragilizada, procure inclui-lo na roda, permitindo que participe da conversa. Faça uma pergunta simples, que possa ser respondida com facilidade, bem dentro do campo de domínio dele.
Por exemplo, pergunte sobre o andamento de um projeto no qual ele esteja totalmente envolvido. Ou a respeito do desempenho bem-sucedido do filho em alguma tarefa que o deixa muito orgulhoso. Enfim, qualquer assunto que ele conheça muito bem e tenha prazer em discorrer.
Por causa da timidez, a tendência é que a pessoa responda de forma muito objetiva. Provavelmente dirá que o projeto vai indo bem, ou que o filho teve sucesso na empreitada. Como o objetivo é permitir que ele se expresse diante do grupo, insista com uma pergunta complementar.
Pergunte, por exemplo, como ele conseguiu contornar determinados desafios do projeto, ou como o filho se preparou para vencer aquele obstáculo. Dessa forma, a resposta precisará ser mais elaborada, e ele se manifestará com explicações mais detalhadas. Ao ouvir a própria voz naquele ambiente, se sentirá mais confiante e animado a falar.
Com certeza ele que estava tão retraído e pode participar da conversa falando sobre assuntos do seu conhecimento, ficará muito agradecido a você. Sabe que você se interessou genuinamente por ele e que teve a intenção de ajudá-lo. Talvez você conquiste aí até um bom aliado.
Quando ele se sentir à vontade, e começar a se expressar com mais desenvoltura, encoraje-o com exclamações, perguntas, sentenças complementares, enfim, sinais de quem acompanha com interesse e respeito suas explicações.
Mesmo que ele não reconheça sua atitude gentil, pode estar certo de que você se sentirá bem em agir assim, com a consciência de que fez o que pode para ajudar um companheiro que estava amedrontado e se sentindo impotente para participar de maneira plena da vida social.
Se agir assim com os subordinados, poderá ter um time mais participativo e produtivo. Quando os profissionais participam de forma mais intensa das reuniões e dos encontros corporativos, apresentam suas ideias e propostas com maior frequência. A produtividade do time ganha em quantidade e qualidade
É quase certo também que outras pessoas notem a sua atitude cooperativa e passem a respeitá-lo por agir com essa gentileza. Esse comportamento desinteressado, certamente contribui para construir uma reputação de verdadeira liderança.
Não custa nada. Ajuda quem muito precisa. E pode produzir frutos excepcionais para sua imagem, relacionamento e perspectivas de sucesso na carreira.
Superdicas da semana
- Faça perguntas simples para motivar uma pessoa tímida a falar
- Pergunte sobre assuntos que sejam do domínio dela
- Estimule essa pessoa a falar mais demonstrando interesse genuíno na conversa
- Uma pessoa tímida ficará agradecida se você ajudá-la a se expressar em público
Livros de minha autoria que ajudam a refletir sobre esse tema: "29 Minutos para Falar Bem em Público", publicado pela Editora Sextante. "Assim é que se Fala", "Conquistar e Influenciar para se Dar Bem com as Pessoas", "As Melhores Decisões não Seguem a Maioria" e "Como Falar Corretamente e sem Inibições", publicados pela Editora Saraiva. “Oratória para líderes religiosos”, publicado pela Editora Planeta.
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