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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Como a corrupção prejudica a economia?

Yolanda Fordelone

13/04/2021 04h00

O que Etiópia, Suriname e Brasil têm em comum? Acertou quem respondeu corrupção. Temos a mesma pontuação (38 pontos) que esses países no ranking da organização Transparência Internacional.

O ranking vai de zero a 100 pontos e quanto menor a pontuação, mais corrupto é o país. O Brasil ocupa a 94ª posição.

No vídeo abaixo apresento mais alguns números sobre o tamanho da corrupção no país, que chega a desviar R$ 200 bilhões por ano.

Mensalão, Petrolão, Rachadinha. Mudam-se os atores, mas não a peça.

Mas você sabe por que a corrupção é tão danosa para a sociedade e, igualmente, para a economia?

Segundo o escritor e filósofo Mario Sergio Cortella, corrupção é a capacidade de degradar, apodrecer aquilo que devia ser decente. No caso, estamos falando de degranar a máquina pública, o dinheiro que poderia ser usado para algo benéfico na economia.

Se uma sociedade é reconhecidamente corrupta significa que há muitas pessoas desonestas em diversas esferas, do privado ao público. Com isso, passamos a desacreditar no coletivo e pensar no individual.

Afinal, se todo mundo sonega, por que eu deveria declarar tudo corretamente?

Na esfera pública, também ficamos desacreditados. Já sabemos que haverá corrupção e acabamos votando no "menos pior". É o famoso "rouba, mas faz".

Políticos que entram no poder passam a pensar no curto prazo em seus próprios mandatos. Fazem projetos de governo, mas não de Estado. Em outras palavras, não fazem reformas importantes para o país porque têm uma visão míope de planejar ações apenas até a própria eleição.

A corrupção também aumenta a ineficiência do Estado. Segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para cada R$ 1 desviado, o governo gasta R$ 3. Tal dinheiro poderia ser usado em setores prioritários, como a própria saúde em tempos de pandemia.

Por fim, um Estado tão ineficiente não ajuda as pessoas quando elas precisam. Este é o caso da pandemia. Ao invés de termos um auxílio emergencial que seja efetivo e ajude as pessoas a ficarem em casa, vimos um anúncio pífio de R$ 150.

Sabendo da ineficiência do setor público, quando as pessoas podem tirar uma casquinha, se aproveitam. Não à toa foram R$ 54 bilhões pagos indevidamente no auxílio emergencial.

Você acredita que as pessoas são corrompidas ao estarem no poder ou já entram no poder com certo desvio de conduta? Responda abaixo ou nas nossas redes sociais (YouTube e Instagram).

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL