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CDB ou Tesouro Direto: 5 perguntas para escolher o melhor investimento

Yolanda Fordelone

08/03/2022 04h00

Investimento prefixado ou pós-fixado? São tantas opções de investimentos no mercado que ficamos confusos na hora de escolher a melhor para nossa carteira.

Abaixo, confira cinco perguntas que ajudam a escolher o melhor título do Tesouro Direto e CDB (Certificado de Depósito Bancário), investimentos básicos que quase todo investidor tem.

1. Qual é o plano para este ano?

A primeira pergunta interessante a ser respondida é: "quais são meus planos para o ano?". É uma pergunta simples, mas que pouca gente faz. Você vai comprar ou trocar de carro? Adquirir uma casa? Vai se mudar? Começar uma faculdade?

Às vezes investimos olhando para daqui alguns anos, mas nem nos damos conta de que no curto prazo podemos precisar do dinheiro. Se for realizar algo grande em poucos meses ou anos, o melhor seria optar por títulos mais curtos.

2. Como estão o prazo e a liquidez da sua carteira?

Em outros termos, com quanto do dinheiro investido você pode contar em um ano? Quanto poderia sacar em dois anos?

Não adianta comprar mais títulos de curto prazo, de um ou dois anos, se alguns investimentos já vencem nesse prazo. Se já tiver liquidez (possibilidade de resgatá-lo em dinheiro), o melhor seria começar a comprar títulos mais longos.

3. Ganhar muito por pouco tempo ou ganhar bem por muitos anos?

Outra pergunta interessante é refletir se quer garantir uma ótima taxa por pouco tempo ou uma taxa boa, um pouquinho menor, só que por muito mais tempo.

Em termos numéricos, outro dia me deparei com um CDB que rendia 13% e vencia daqui um ano. Preferi pegar outro título que renderia um pouco menos (12,8%), mas vence em três anos.

4. Qual é a inflação esperada no título?

Um outro questionamento muito importante é a expectativa para a inflação nos próximos anos. Para ficar claro, vou usar o exemplo de dois títulos do Tesouro Direto com mesmo prazo: o Prefixado 2026 e o Tesouro IPCA 2026.

O prefixado está pagando 11,38% ao ano e o de IPCA, inflação mais 5,11% de juro fixo. A grosso modo, quando você desconta a taxa fixa do Tesouro IPCA (5,11%) pela taxa do prefixado (11,38%), entende qual é a inflação implícita do prefixado, de pouco mais de 6% ao ano.

Se acredita que a inflação ficará muito maior que 6% ao ano, talvez seja interessante ir para títulos que acompanham o IPCA. Se estima que irá ficar nesse patamar ou até abaixo, o prefixado pode estar mais interessante.

5. O investimento está dentro do FGC?

A última pergunta é mais simples, mas deve entrar no checklist. O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) protege o investidor caso o banco que lançou o CDB, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e outros títulos quebre.

Há um limite de proteção de R$ 250 mil por instituição financeira, limitada a R$ 1 milhão por investidor.

Ou seja, se aplicou R$ 260 mil em um único CDB, está protegido nos primeiros R$ 250 mil. Os R$ 10 mil restantes podem ser perdidos em caso de falência.

Juntar R$ 1 milhão

A renda fixa tem pagado cada vez mais ao pequeno investidor —e a tendência é que os juros subam mais com o impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia. A alta de preços, caso se confirme, deve fazer o Banco Central aumentar os juros acima do que os economistas previam inicialmente.

No vídeo abaixo, fizemos uma simulação de quanto rende aplicar valores baixos na renda fixa. Será possível se tornar um milionário?

Dúvidas podem ser enviadas abaixo ou nas nossas redes sociais (Instagram ou YouTube).