Katherine Rivas

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Reportagem

Veja prazos para garantir dividendos do Banco do Brasil, Itaú e Vulcabras

Para quem busca receber dividendos em setembro, outubro e novembro oportunidades não faltam. Levantamento da coluna apresenta 10 ações com data de corte neste mês para garantir dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).

Na lista há nomes como Ferbasa (FESA4), Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4) e Vulcabras (VULC3). Os valores chegam a R$ 5,01 por ação.

Para ter direito a receber os proventos destas empresas, é preciso manter as ações em carteira até o final do pregão da "data com". Essa é a data limite para garantir os dividendos anunciados pelas companhias.

Confira também as empresas que pagam proventos em setembro na Agenda de Dividendos do UOL.

Até quando investir nestas ações para garantir dividendos

Confira a lista de ações com "data com" entre 3 e 30 de setembro:

Camil (CAML3) - JCP e dividendos

  • Valor por ação JCP: R$ 0,06
  • Valor por ação dividendos: R$ 0,018
  • Data com: 3 de setembro de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 4 de setembro de 2024
  • Data de pagamento: 10 de setembro de 2024

Banco Banpará (BPAR3) - JCP

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  • Valor por ação BPAR3: R$ 3,80
  • Data com: 3 de setembro de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 4 de setembro de 2024
  • Data de pagamento: 19 de setembro de 2024

Panatlântica (PATI3; PATI4) - dividendos

  • Valor por ação PATI3: R$ 5,01
  • Valor por ação PATI4: R$ 5,01
  • Data com: 5 de setembro de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 6 de setembro de 2024
  • Data de pagamento: 20 de outubro de 2024

Ferbasa (FESA3; FESA4) - JCP

  • Valor por ação FESA3: R$ 0,05
  • Valor por ação FESA4: R$ 0,05
  • Data com: 5 de setembro de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 6 de setembro de 2024
  • Data de pagamento: 20 de setembro de 2024

Banco do Brasil (BBAS3) - JCP

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  • Valor por ação BBAS3: R$ 0,19
  • Data com: 11 de setembro de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 12 de setembro de 2024
  • Data de pagamento: 27 de setembro de 2024

M.Dias Branco (MDIA3) - JCP

  • Valor por ação MDIA3: R$ 0,06
  • Data com: 16 de setembro de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 17 de setembro de 2024
  • Data de pagamento: 30 de setembro de 2024

Itaú (ITUB3; ITUB4) - JCP

  • Valor por ação ITUB3: R$ 0,27
  • Valor por ação ITUB4: R$ 0,27
  • Data com: 19 de setembro de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 20 de setembro de 2024
  • Data de pagamento: 30 de abril de 2025

Vulcabras (VULC3) - dividendos

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  • Valor por ação VULC3: R$ 0,125
  • Data com: 19 de setembro de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 20 de setembro de 2024
  • Data de pagamento: 1 de outubro de 2024

Mitre Realty (MTRE3) - dividendos

  • Valor por ação MTRE3: R$ 0,04
  • Data com: 23 de setembro de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 24 de setembro de 2024
  • Data de pagamento: 2 de outubro de 2024

Itaú (ITUB3; ITUB4) - JCP

  • Valor por ação ITUB3: R$ 0,018
  • Valor por ação ITUB4: R$ 0,018
  • Data com: 30 de setembro de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 1 de outubro de 2024
  • Data de pagamento: 1 de novembro de 2024

JHSF (JHSF3) - dividendos

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  • Valor por ação JHSF3: R$ 0,03
  • Data com: 30 de setembro de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 1 de outubro de 2024
  • Data de pagamento: 9 de outubro de 2024

Vulcabras: dividendos mensais e dividend yield de até 20%

Com os resultados do 2° trimestre, a Vulcabras (VULC3) anunciou o pagamento de dividendos mensais de R$ 0,125, equivalente a R$ 1,50 por ação em todo o ano e um retorno de 8%. O objetivo da dona das marcas Olympikus, Under Amour e Mizuno é dar previsibilidade na remuneração dos acionistas.

A notícia foi bem recebida pelo mercado, porque dividendos sinalizam que as operações e os resultados da empresa vão bem, aponta Victor Bueno, sócio e analista da Nord Research. Dividendos extraordinários não estão descartados.

Com calendário de pagamentos já definidos até janeiro, a perspectiva do mercado é que esta política se mantenha também pelos próximos anos. Nos últimos 12 meses, o dividend yield da companhia está na casa dos 18,11%. "Esse dividend yield elevado foi impulsionado por recursos de um follow-on feito pela empresa. Mas mantendo os bons resultados que ela entrega hoje é perfeitamente capaz de entregar um dividend yield de 8% de forma recorrente", observa Bueno.

Entre as vantagens de investir na companhia para quem busca renda passiva, Gabriel Duarte, analista da Ticker Research, destaca que há uma marca em consolidação, expandindo produtos e ganhando participação de mercado, o que pode trazer diversos benefícios para os acionistas no médio e longo prazo. Um desses benefícios seria que, com uma marca mais forte no meio esportivo, a Vulcabras teria resultados cada vez mais recorrentes, o que favoreceria a distribuição de dividendos.

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Ainda que seja uma empresa de varejo, a Vulcabras conseguiu surfar bem diante de um cenário de juros elevados, que afetou outras empresas, destaca Bueno.

Bueno observa, contudo, que a companhia não deve ter um crescimento acelerado nos próximos anos, motivo pelo qual a ação poderia ser considerada cara neste momento. "Vemos um crescimento baixo de cerca de 10% ao ano nos próximos anos. Olhando para os fundamentos da empresa e múltiplos, talvez o mercado já esteja precificando bem as ações, a 9 vezes preço sobre lucro", destaca o analista da Nord.

Outro ponto de atenção seria a entrada da Vulcabras no varejo físico, com a aquisição de lojas, que pode acabar precisando de mais investimentos para o crescimento futuro e pressionando os proventos. Para Duarte, o principal risco seria a sazonalidade de resultados, por se tratar de uma empresa cíclica em um setor altamente competitivo, o que poderia trazer volatilidade nos dividendos.

Um fator que pode gerar essa sazonalidade seria a depreciação do dólar frente ao real, porque o produto de concorrentes estrangeiros como Nike e Adidas acabaria ficando mais barato do que os da Vulcabras. Já no cenário oposto, com o dólar mais caro, a Vulcabras se beneficia.

Duarte recomenda a compra das ações VULC3 e projeta um dividend yield entre 19% e 20% em 2024. Já para 2025, o retorno em dividendos esperado gira em torno de 9% a 10%. Bueno tem uma postura mais conservadora e acredita que para os próximos 12 meses, com o pagamento de apenas R$ 1,50 por ação, o dividend yield seja de 8%. A recomendação para o papel é neutra.

Evite estes erros ao investir de olho em dividendos

Ignorar a "data com". O analista independente Ricardo Schweitzer diz que muitos investidores confundem o tempo que possuem as ações com o direito a receber os dividendos. A questão é que não importa se o investidor comprou a ação há três dias ou há 30 anos, se não tiver o papel na "data com" o provento vai para o novo dono. Se tiver a ação, ele receberá o dividendo.

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Comprar uma ação na "data com" e vendê-la na "data ex". Investir com o intuito de caçar dividendos e vender a ação logo em seguida não é uma prática recomendada. Na verdade, o investidor está saindo no zero a zero, porque a ação perde o valor dos dividendos. "Se uma ação está negociada a R$ 10 na "data com" e distribui R$ 1 em dividendos, ela iniciará os negócios na "data ex" cotada a R$ 9. "Quem segue essa prática não gera valor algum", diz Schweitzer.

Achar que o desconto na "data ex" é prejuízo. Se o dividendo é descontado do preço da ação, será que vale a pena a estratégia? Schweitzer diz que esse desconto corresponde na verdade a uma parcela do fluxo de caixa da empresa. Em consequência, uma companhia com bons fundamentos vai continuar gerando caixa e valorizando no futuro. Além disso, os dividendos costumam representar dois terços do retorno total das ações no longo prazo.

Escolher uma ação apenas pelo dividendo. Os analistas recomendam olhar outros indicadores além dos pagamentos. É importante ver se a empresa consegue gerar caixa e acumular patrimônio, se precisa de novos investimentos para crescer, qual é o seu nível de endividamento e qual é o retorno que ela oferece, sobre o capital e sobre o patrimônio. Esses dados irão indicar se os dividendos são sustentáveis no longo prazo.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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